Coesão e concentração. É esta a receita de Jorge Gonçalves para inverter o ciclo negativo do Olhanense que, de equipa sensação, passou a desilusão, com um percurso que já vai em sete jogos consecutivos sem vencer.

«Estamos a passar por uma má fase, houve jogos que podíamos ter ganho e não o conseguimos por mera infelicidade, tivemos outros menos conseguidos em que o adversário, mesmo sem criar oportunidades, conseguia marcar e isso está a mexer um pouco connosco», admite Jorge Gonçalves, indicando também o caminho que a equipa deve trilhar: «Está na altura de nos juntarmos mais ainda como equipa e aproveitar os cinco jogos que faltam para corrigir os erros que temos cometido e que nos têm penalizado. Por isso, é muito importante estarmos muito coesos e concentrados já neste jogo com o Beira-Mar para voltar a fazer o que já havíamos feito», deseja.

No início do ano, chegou a sonhar-se com a Europa em Olhão, pairando agora (ainda que distante) o espectro de descida. «É obvio que matematicamente ainda não está tudo resolvido mas temos a noção que estamos numa posição privilegiada para conseguirmos o nosso objectivo, que é a manutenção», garante Jorge Gonçalves, achando que a euforia criada nessa altura acabou por virar-se contra o grupo.

«Atingimos rapidamente os 28 pontos e criámos expectativas de querer mais. Isso é normal, se não sonhássemos isso não era uma boa forma de pensar. Mas na verdade as coisas não têm acontecido, começámos a perder jogos que teoricamente todos esperavam que ganhássemos e isso mexeu connosco. Chegar aos 28 pontos rapidamente foi bom, mas tendo em conta o pensamento que tivemos depois e os resultados não aparecerem, se calhar foi prejudicial. Interiorizamos que podíamos fazer mais pontos para atrapalhar quem está a lutar por lugares mais acima na tabela, e quando isso não acontece, o pensamento acaba por ficar mais negativo devido às expectativas que criámos na altura. Mas como o nosso objectivo passa pela manutenção, acho que esse está a ser bem conseguido. Mas queremos sempre mais», sustenta.