Marion Jones confessou ter-se dopado, de acordo com uma carta enviada pela atleta a familiares e amigos cujo conteúdo é revelado pelo jornal norte-americano Washington Post.
A velocista norte-americana que ganhou cinco medalhas nos Jogos Olímpicos de 2000 admite ter recorrido a substâncias ilegais desde 1999 a 2002, no período em que foi treinada por Trevor Graham.
«Quero desculpar-me por tudo isto. Lamento tê-los defraudado de tantas maneiras», disse de acordo com a citação feita pelo jornal espanhol AS. Mas Marion Jones refere que foi o antigo treinador quem lhe indicou o esteróide clara como sendo azeite de semente de linho: «Devia ter ficado alerta quando me disse que não dissesse a ninguém.»
Jones resistiu a uma acusação de doping em 2004 quando uma contra-análise deu negativa para EPO, mas esta confissão pode custar-lhe agora as medalhas das Olimpíadas de Sydney.
O Washington Post adianta também que a velocista vai declarar-se culpada de ter mentido a agentes federais norte-americanos - na investigação que os Estados Unidos encetaram sobre dopagem de atletas de alto rendimento - e sobre outro assunto de carácter financeiro.