* por David Marques

José Couceiro, treinador do Estoril, reagiu desta forma na conferência de imprensa à vitória por 2-1 sobre o Belenenses:

«No geral tivemos melhores momentos do que o nosso adversário. Em relação ao jogo do Benfica, fiz muitas alterações. Do onze que começou o jogo com o Benfica, começaram dois jogadores neste jogo. A segunda parte esteve mais próxima da equipa que jogou contra o Benfica.»

«A equipa vai evoluir, mas não é do jogo de sexta-feira para domingo que se consegue perceber isso. Mas já percebemos que há processos que começam a ser consolidados. Há situações que ainda não conseguimos resolver e que ainda vamos ter de trabalhar. Em algumas situações, debaixo de pressão, não conseguimos arranjar solução.»

[Sobre a estreia de alguns jogadores]. «Fiquei satisfeito com a prestação de alguns. Houve jogadores que acusaram a pressão de vestir pela primeira vez a camisola do Estoril-Praia. É diferente porque não estão habituados a jogar a este nível.»

«Se há potencial? Evidentemente que sim. Mas abriu-se um novo ciclo. Os dois principais intervenientes do nosso primeiro golo são dois jogadores que estavam no ano passado na segunda liga. O Tozé e o Kuca. E é bom que isso aconteça. Mas toda a gente vai ter de crescer. O estágio vai ser um momento importante quer na integração dos novos jogadores, quer para consolidar uma série de processos que começámos a trabalhar em Lisboa. Quer defensivamente, quer ofensivamente há muita coisa que tem de ser melhorada. Mas, neste momento, interessa-me que a equipa consolide processos.»

«O Estoril tem uma identidade com a qual eu simpatizo. E tenho ideias muito idênticas. Temos de ser uma equipa que jogue bem. E para jogarmos bem, temos de ter a bola. Não vamos querer jogar futebol direto, apesar de em alguns momentos sermos obrigados a isso.»

[Sobre o eventuais mexidas no plantel]. «É sempre possível que entre alguém, mas também é possível que percamos jogadores. Não posso dizer que o grupo está fechado, porque é público que há interesse em alguns jogadores nossos. Se tenho medo de os perder? Não. Neste momento, temos obrigações ao nível do campeonato nacional e da Liga Europa. É evidente que temos de ter uma prestação condizente com a nossa capacidade, mas também com as exigências que as equipas portuguesas têm. É possível que entre mais alguém, mas estou satisfeito com o processo de trabalho, com toda a equipa do Estoril. Mas como responsável técnico também tenho de ter o bom senso de perceber que o Estoril tem limites. Não temos nenhuma fonte de financiamento que nos permita disputar jogadores que não são para nós. A nossa política é descobrir valor e potenciar esse valor. Temos de acertar quando fazemos aquisições. Não podemos falhar.»

[Sobre os objetivos do Estoril para a próxima época]. «O primeiro é ficar na primeira liga. O segundo é ficar na primeira metade da tabela. Competições europeias? Os jogadores que saíram não foram substituídos por jogadores de primeira liga. Temos de ter algum bom senso a fazer a análise.»