Juninho Pernambucano chorou na hora do adeus. Aos 39 anos, o médio do Vasco terminou a carreira e, na despedida no São Januário, não evitou verter lágrimas de emoção.

Ladeado pelo diretor executivo de futebol do Vasco, Rodrigo Caetano, do presidente Roberto Dinamite e do vice-presidente António Peralta, Juninho chorou.

Em longo balanço de quase 400 jogos com a camisa do Vasco (393 partidas, 76 golos marcados), o «Reizinho» comentou: «Já tinha decidido parar depois de minha última lesão no fim do Campeonato Brasileiro. Acabei me recuperando e sendo convencido pelo Rodrigo e pelo presidente a tentar disputar o Carioca. Até pela possibilidade real de uma conquista antes de parar. Mas os treinos foram difíceis. Meu corpo não estava mais reagindo como antes. Eu não ia mais conseguir ser competitivo como sempre fui. Algumas vezes parecia que ia dar, que seria mais fácil, mas preferi tomar essa decisão. Honestamente? Não estava mais disposto a aceitar e passar pelo sacrifício de jogar em alto nível. Sempre falei que ia parar quando perdesse a vontade de treinar e me preparar para jogar. Não é fácil. Mas assumo que está sendo um pouco mais fácil do que eu imaginava. Hoje não dá mais para se divertir e brincar no futebol. Nunca me diverti jogando. Fiz sempre com amor, paixão e responsabilidade. Fui um péssimo perdedor, mas sempre tentei respeitar os adversários. Entendi cedo minhas deficiências, e isso me levou até aonde cheguei. Se o Roberto parou, o Romário, Zico, não teria como esse dia não chegar. Convivi sendo o «vovô» do time, eu sempre brincava porque no dia a dia era o mais velho, mas na escola para buscar meus filhos era o pai mais novo. Era engraçado».

O seu último jogo como profissional foi a 10 de novembro de 2013, com o Santos, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro.