Dois erros individuais traçaram o destino do F.C. Porto na Liga dos Campeões: a formação azul e branca caiu depois de uma derrota em Málaga por 2-0. Foi o fim da aventura europeia do campeão nacional, ele que chegou onde mais nenhuma equipa portuguesa conseguiu chegar esta época.

Num jogo agitado e que prendeu pela incerteza, é justo dizer que o Porto fez quase tudo sozinho: entrou bem no jogo, dominou por completo a primeira meia hora e deixou o Málaga crescer depois disso. Um erro de Helton esteve na origem da curva no jogo que originou a curva na eliminatória.

O guarda-redes saiu a uma bola simples, parecia tê-la agarrado, mas deixou-a cair e permitiu a Saviola fazer golo. Não valeu, é certo, porque o árbitro descobriu uma falta que mais ninguém viu e invalidou o golo do argentino. Mas intranquilizou o F.C. Porto como parecia que não era possível.

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A partir desse instante, quando estavam jogados 40 minutos, o Málaga motivou-se e motivou o público. La Rosaleda encheu-se de euforia e o F.C. Porto passou por sérias dificuldades. Pouco depois, Isco marcou mesmo: recebeu entre linhas e rematou forte e colocado ao ângulo surperior.

Ora aquele golo, a três minutos do intervalo, parecia o pior que podia acontecer ao F.C. Porto. Mas não era: logo após o regresso dos balneários, Defour fez uma falta desnecessária, ele que já tinha um amarelo, e foi expulso. Aos 48 minutos. Este foi o tal segundo erro que deitou tudo a perder.

A partir daí, e por muito tempo, só deu Málaga. Vítor Pereira já tinha perdido Moutinho, substituído por James ao intervalo, abdicou também de Varela para colocar Maicon e experimentar a inovadora tática de três centrais, com dois laterais ofensivos. Foi uma espécie de autorização para defender.

Ora com o adversário mais motivado do que nunca, ele que sentia estar próxima uma história qualificação para os quartos de final, e sem gente capaz de esticar o jogo, o F.C. Porto limitava-se a defender e lançar bolas na frente à procura de um esgotado Jackson. Foi muito curto, claro.

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Tão curto que, lá está, só dava Málaga: Saviola ameaçou marcar, Isco rematou por cima da barra e o mesmo Isco atirou às malhas laterais. Anunciava-se o golo que chegou num canto: o recém-entrado Santa Cruz ganhou nas alturas a Otamendi e cabeceou para golo. Foi o fim do Porto na Champions.

É claro que ainda houve um golo bem anulado a Maicon por fora de jogo, e é claro também que até ao fim o campeão não deixou de lutar: mas fazia-o apenas com o coração. No fim caiu perante um adversário que até lhe era acessível, mas não deixou de cair de pé: despediu-se olhos nos olhos.

O Málaga, esse, segue em frente com mérito. Depois de um primeiro jogo no Dragão em que pouco mais fez do que defender, soube utilizar o fator e a qualidade de um jogador como Isco para chegar onde nunca tinha chegado: aos quartos de final da Liga dos Campeões. A Andaluzia está em festa.

E enfim, a Champions acabou para as equipas portuguesas.