O Marítimo venceu com justiça o Dila Gori e está em vantagem no «playoff» da Liga Europa. Os madeirenses dominaram mas não conseguiram criar muito perigo, até que Fidélis abriu o ferrolho georgiano. Mas inexplicavelmente, os verde-rubros ficaram nervosos e receosos, e Salin garantiu o triunfo com uma excelente defesa aos 86 minutos.

Pedro Martins sabia que pela frente tinha uma equipa muito fechada, e que só iria espreitar o contra-ataque. Os madeirenses surgiram pressionantes e com vontade de chegar cedo ao golo. O técnico do Marítimo apostou em Adilson para a frente de ataque, deixando Fidélis no banco. Depois, David Simão era o «maestro» que devia conseguir arranjar soluções para a finalização e velocidade de Sami e Heldon.

Quanto ao Dila Gori, a ordem era apenas para defender e sair rápido, para tentar aproveitar alguma desatenção nos locais.

Logo aos 6 minutos David Simão num bom trabalho individual, rematou forte, mas a bola saiu alta. Continuando sempre a mandar, aos 15 minutos, num bom passe de Simão, Heldon cruza para a área onde surge Sami a cair, mas sem falta. No lance seguinte, um cabeceamento de Adilson ainda obrigou Skender a defender com segurança.

E até ao intervalo os maritimistas dominavam, mas sem causar grandes dores de cabeça a uma equipa que não se intimida com a pressão e o sufoco do opositor. O nulo castigava a pouco profundidade do futebol verde-rubro.

Fidélis abriu o «ferrolho»

Após o recomeço a história da partida em nada se alterou. O onze da Madeira continuava a dominar mas a sentir dificuldades para chegar com perigo à baliza de Skender.

Pedro Martins mexeu na sua equipa, lançando Danilo Dias e Fidélis, mas retirando Adilson e Heldon. Foi apenas uma mudança de nomes, sem arriscar tudo. Só aos 61 minutos Sami conseguiu algum espaço e rematar forte, mas ao lado.

Mas o «caldeirão» explodiu de alegria aos 64 minutos, quando Roberge desceu com tudo e cruzou para Fidélis, que rematou para fundo da baliza. O marcador começava a traduzir justiça, face ao que as duas equipas faziam.

O técnico do Dila Gori foi alterando a sua equipa, fazendo subir mais no relvado. O Marítimo ganhou então mais espaço para as suas transições. Só que os locais pareceram algo receosos e até denotando algum nervosismo em termos defensivos. Os visitantes, que até então não tinham mostrado argumentos para assustar, começaram a acreditar que ainda podiam surpreender os portugueses.

Fidélis não acreditou que estava em jogo, após um bom passe de Danilo Dias, aos 84 minutos, e perdeu uma soberana ocasião, pois ficava isolado. Mas o público local passou por um grande calafrio quando, aos 86 minutos, após um falhanço de João Guilherme, Akhalkatsi ficou isolado e rematou forte, para defesa incrível de Salin, que com o pé evitou o pior. Na sequência do lance, muito perigo para novo remate, desta feita de Kvirlkvelia.

Já em tempo de descontos e com o público a puxar pela equipa da casa, Fidélis teve um bom remate que Skender defendeu para canto.

Foi sofrer a bom sofrer até ao apito final do juiz checo Libor Kovarik. Mas a vitória dos madeirenses é justa e peca por escassa, embora o Dila Gori ainda tenha assustado.