O Marítimo agudizou a crise do Leixões, que permanece num lugar de despromoção, ao lado de V. Setúbal e Olhanense. No regresso a casa depois do importante triunfo no Restelo, a formação de José Mota voltou a cometer um pecado recorrente: demasiados erros individuais. A partir daí a derrota ficou ali ao lado.
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Curiosamente a entrada em campo até foi promissora: Diakité perdeu a bola, Didi fugiu pela direita e serviu o golo de bandeja a Hugo Morais. Estavam decorridos quatro minutos e o Leixões já ganhava. Ora depois da goleada sofrida com o Benfica, conceder um golo madrugador era o pior que o Marítimo podia ter.
O Leixões, esse, sorria. Mas esta equipa tem dificuldades em saber ser feliz. Vive num limbo entre o bem e o mal, capaz de cair para um dos lados a qualquer momento. É uma equipa que falha quando pressionada. Bastou o Marítimo carregar no ataque e a vantagem ruiu num instante. Ruiu aos dez minutos, aliás.
José Mota: «Há coisas que só acontecem ao Leixões»
Uma falha de marcação de Tucker, na sequência de um canto, permitiu a Diakité empatar. O maliano teve até uma estreia entre o céu e o inferno. Mas já lá vamos. Antes de mais, os erros do Leixões. O primeiro já foi referido, o segundo veio logo depois: o mesmo Tucker aliviou mal uma bola e Kléber fez o segundo.
Aos 14 minutos, portanto, o Marítimo já tinha dado a volta. Pelo meio Cauê foi expulso por travar Djalma e deixou a equipa reduzida a dez. O que abriu uma auto-estrada para a baliza de Diego. O Marítimo não soube aproveitar e acabou por ressentir-se disso mais tarde. Já na segunda parte.
Van der Gaag «muito, muito contente» com o Marítimo
Ressentiu-se a partir do momento em que Diakité foi expulso. O estreante, contratado ao Belenenses, já se disse que viveu entre o céu e o inferno. Perdeu a bola no golo do Leixões, redimiu-se ao empatar, mas acabou por estragar tudo quando foi expulso. Agarrou Pouga e viu o segundo amarelo.
Faltava meia-hora para o fim e os dados alteraram-se totalmente. Van der Gaag apostou na defesa, Mota lançou-se para o ataque e o Leixões acabou em cima do adversário. Sem criar perigo, porém. No fim o árbitro Paulo Costa foi o mais contestado da noite, mas sem razão: só falhou no exagero de cartões amarelos.