O goleador de Portugal fala com sotaque. Nasceu na Bahia há 32 anos, cresceu a admirar a geração de Zico, Sócrates e Careca, sonhou jogar «na Copa». Agora cumpre esse sonho, ao serviço do país que o adoptou. Liedson vai estar na África do Sul de quinas ao peito, em nome de Portugal.

Antes de se juntar à concentração na Serra da Estrela, o avançado visitou as raízes e o aconchego familiar. Em conferência de imprensa realizada este domingo, explicou o ambiente encontrado no Brasil, um dos oponentes da Selecção Nacional na primeira fase.

«4x4x2 ou 4x3x3? Tanto me faz, temos muitos craques»

Mundial não é fim de linha: Liedson quer continuar na selecção

«Os brasileiros sabem que temos atletas desequilibradores. Todos falam sobre o Cristiano Ronaldo, por exemplo. Pelo que vi, eles estão convencidos que Portugal e Brasil vão passar. Espero que Portugal passe em primeiro, claro», referiu Liedson.

E, para que fique bem claro, todos os seus familiares estão a torcer Portugal. Não há dúvidas possíveis. «Eles estão a puxar por mim e por Portugal. Não quero decepcioná-los. Quero dar alegrias à minha família e a todo o povo português, naturalmente».

«Portugal pode fazer um grande Mundial»

Em Portugal desde 2003, Liedson insiste estar completamente adaptado à sua realidade na Selecção Nacional. Diz-se «feliz» pela forma como foi recebido e espera retribuir «com sincereidade». E golos acrescentamos nós.

Um susto e muitos golos em treino dominical

No Mundial, aponta «os tradicionais campeões» como as selecções candidatas ao título. E coloca Portugal nessa luta tão particular. «Os nossos principais adversários são as primeiras três selecções. Depois, há equipas com tradição, como todas as que já foram campeãs mundiais. Mas o nosso grupo de trabalho é forte e unido. Essa é a maior razão da minha crença.»

De bem com a vida, até por ter sido pai há relativamente pouco tempo, Liedson está «de pensamento positivo». «Sinto-me motivado, feliz e com esperança de ter a selecção a fazer um grande Mundial.»