Diego Simeone, treinador do Atlético de Madrid, em declarações na sala de imprensa do Dragão, após a vitória por 3-1 frente ao FC Porto, que deu os colchoneros o segundo lugar do grupo B e um lugar nos oitavos de final:

«Estou aqui há dez anos e esta equipa emociona-me cada vez mais. Não tínhamos três dos quatro centrais do plantel. Há jogadores que têm poucos minutos, mas são sempre importantes quando jogam. O Vrsaljko jogou lesionado e esteve muito bem. Se se lembram, ele na pré-época já tinha jogado como central. Sabíamos que poderia ser útil. Ele tem características boas para a posição.

Todos tínhamos de trabalhar, de correr e de dar tudo. Depois os jogadores têm talento e o talento apareceu. Também temos um grande guarda-redes que apareceu em momentos de dificuldade. Tivemos duas ou três situações muito claras para marcar nos primeiros 20 minutos, depois o FC Porto foi melhor até ao intervalo. 

É normal que a exigência dos adeptos, somos o Atlético. Os jogadores que saltaram do banco deixaram tudo o que tinham em campo. Isto é o que nós somos. Este é o caminho. Não importa se ganhamos ou perdemos. Temos de competir, de dar tudo e de jogar com inteligência. Depois do golo, os jogadores sabiam o que tinham de fazer para ganhar e aproveitaram os espaços. O Correa é um especialista a fazê-lo. 

Depois do nosso golo, houve outro jogo. Houve uma expulsão que favoreceu o FC Porto e depois uma expulsão que nos favoreceu. Esta competição não perdoa os erros. 

Isto é uma mensagem clara para o grupo. Temos de ter compromisso e de olhar só para o jogo que estamos a jogar e não para o que ficou para trás. E temos de jogar porque estes jogadores jogam bem. Este ano contratámos três jogadores como o De Paul, o Griezmann e o Matheus Cunha que nos dão coisas muito boas. Tenho de ajudá-los a entrar na equipa, mas este é o caminho. Ainda não chegámos ao destino, mas estamos no bom caminho. 

Vou recordar este dia como um dia bonito. Os miúdos [sub-19] passaram de tarde e deram-os ilusão. Estava a ver e pensei que também queria passar. Este foi um clássico jogo de Champions. Jogámos contra uma equipa semelhante à nossa, com grande capacidade de trabalho, intensa e com uma ideia clara do que quer fazer. Somos muito parcidos. O jogo teve de tudo: confusão, cartões amarelos e vermelhos, vantagens, enfim. Futebol, tão bonito. 

Tínhamos um dos grupos mais complicados. O FC Porto é líder do campeonato português, o AC Milan é líder em Itália e o Liverpool é o Liverpool. Ganhou todos os jogos. Entre AC Milan, FC Porto e Atlético iria passar quem conseguisse mais pontos.»