Jogo de espelhos. O Barcelona, criação de Pep Guardiola e agora orientado por Luís Enrique, defronta o Manchester City, o novo brinquedo do treinador catalão.

Um jogo enorme, está bom de ver, e que coloca em lados opostos estruturas e pensamentos gémeos. Os jogadores são diferentes, é verdade, e é por isso que Pep Guardiola assume alguma preocupação.

No entanto a conferência de imprensa de antevisão ao jogo de quarta-feira foi marcada por uma polémica: é verdade ou não que Pep Guardiola durante o verão telefonou a vários jogadores do Barcelona para os convencer a assinar pelo Manchester City?

«Eu não liguei a nenhum jogador. Sei que há guerras que estão perdidas de antemão. Eu conheço esta casa e sei o que acontece à sua volta. Liguei para Thiago. Há três anos telefonei ao Neymar para saber se tinha assinado pelo Barcelona. Soube em Nova Iorque que não tinha assinado e tentei convencê-lo a ir para o Bayern, mas também lhe disse que se podia ir para o Barça então não devia perder a oportunidade», respondeu Guardiola.

«Neste verão não telefone a Messi ou Busquets, nem a Iniesta ou Neymar. Telefonei a Ter Stegen, ele decidiu ficar e depois falei com  Claudio Bravo. Eu teria todo o direito de telefonar a Messi, mas a verdade é que não fiz nenhuma chamada para ele. No seu caso, o que eu mais quero é que termine a sua carreira aqui no Barcelona.»

Ora por falar em Messi, o treinador do Manchester City admite que é uma dor de cabeça.

«Não sei que instruções hei-de dar aos meus colegas para controlar o talento de Messi», exemplifica Guardiola. «Todos os jogadores desta qualidade têm algum momento em que se soltam. E quando o fazem são muito precisos».

O ideal, acrescenta Pep, seria conseguir «roubar a bola» e «obrigar o Barcelona a correr».

«É muito difícil, porque o Barcelona é a melhor equipa do mundo, domina o espaço curto e largo, o ataque e o contra ataque. Temos de ser muito agressivos sem bola».