Figura: Aubemayang mortífero

Um golo e mais três oportunidades soberanas dão bem conta das boas movimentações deste avançado que é uma das figuras mais proeminentes da Bundesliga. Marcou logo aos dez minutos, num lance individual, escapando com facilidade à marcação de Rúben Semedo antes de bater Rui Patrício com um remate a derramar classe. Ao longo de toda a primeira parte foi um verdadeiro pesadelo para a defesa do Sporting, aparecendo em vários sectores da área a provocar o caos, sempre com o seu estilo de quem não quer nada com aquilo. Num desses lances, esteve muito perto de fazer o segundo, negado por uma defesa impossível de Rui Patrício.

Momento: bomba de Weigl

Quando o Sporting começava a levantar a cabeça e a respirar, depois do sufoco inicial dos alemães, logo depois de Alvalade ter festejado um golo de Coates que não valeu, Weigl voltou a baixar as expetativas dos sportinguistas, com uma bomba do meio da rua. Rui Patrício nem viu a bola partir e quando esboçou uma reação, a bola já estava a escorregar nas suas redes. Um duro golpe para os leões mesmo no final da primeira parte.

Outros destaques: confira a FICHA DO JOGO

Rui Patrício

Com uma série de boas defesas, Rui Patrício conseguiu evitar que o jogo ficasse decidido logo na primeira parte. Defendeu remates de Pulisic, Dembélé, mas o que fica na memória, foi aquela dupla defesa num dos momentos de maior pressão do Dortmund. Ainda a levantar-se da primeira estirada, o guarda-redes ainda conseguiu lançar-se para defender um remate de Aubemayang da zona de grande penalidade. Uma daquelas defesas que só está ao alcance dos grandes guarda-redes.

Schelotto

O Sporting só conseguiu atacar pelo lado direito praticamente ao longo de todo o jogo e isso deveu-se, mais do que a Gelson Martins, a disposição de Schelotto para subir no tereno. Foi certamente o jogador que mais bolas cruzou ao longo do jogo e, por duas vezes, esteve perto de assistir os companheiros para golo. Um cruzamento que Bas Dost só conseguiu desviar de raspão e outro que o holandês também não conseguiu dar o melhor seguimento.

Elias

Durante muito tempo esteve desamparado a correr entre o carrocel de Weigl, Götze, Kagawa e companhia, mas também foi o brasileiro que começou a quebrar a superioridade dos alemães, recorrendo a um futebol mais rendilhado, com passes curtos e tabelinhas, para ultrapassar a pressão alemã.

Weigl

Uma grande exibição coroada com um golo de levantar o estádio. O jovem médio é uma das pedras basilares deste Dortmund de Tuchel, destacando-se à frente da defesa para jogar sempre na vertical. Pode recuar para terceiro central, mas também sai facilmente a jogar com a bola nos pés e abrir o jogo paravos flancos. Esteve em especial destaque na primeira parte em que beneficiou do facto do Dortmund estar em clara vantagem numérica no seu território. A fechar o primeiro tempo, surpreendeu tudo e todos com o tal golo. Depois de evitar Zeegelaar e Elias, atirou um pontapé cruzado de fora da área, indefensável para Rui Patrício.

Bas Dost

O avançado holandês deve estar agora ainda mais irritado depois de dois jogos consecutivos sem fazer golos e, neste, até teve oportunidades para o fazer. Desperdiçou, pelo menos, por duas vezes, com cabeçadas defeituosas que não chegaram para bater Burkic.

Bryan Ruiz

Uma noite que lhe passou ao lado. O Sporting, ofensivamente, só atacou pela direita porque do lado contrário o costarriquenho nunca chegou a aparecer no jogo.