O FC Porto empatou sem golos em Copenhaga e deixou tudo em aberto para a última jornada em que recebe o Leicester, mas já sem a oportunidade de discutir o primeiro lugar do grupo. A equipa de Nuno Espírito Santo mantém, assim, a vantagem de dois pontos sobre o adversário desta noite, mas terá de a defender na última ronda, tendo em conta que os dinamarqueses visitam Bruges. Esta noite, no Parken, assistimos a um jogo equilibrado, em que o FC Porto, liderado por Jesus Corona, conseguiu um ligeiro ascendente, particularmente na segunda parte, mas poucas oportunidades para visar a baliza de Olsen. A verdade é que o Dragão mostrou cara feia e voltou a demonstrar uma boa consistência defensiva [só sofreu um golo nos últimos cinco jogos], mas o que foi mais evidente é que continuam a faltar sorrisos e, sobretudo, golos a este FC Porto [marcou apenas dois nos últimos cinco jogos].

Confira a FICHA DO JOGO

Nuno Espírito Santo reconstruiu o onze do jogo com o Benfica [o jogo com mais golos nestes últimos cinco jogos], com os regressos de Óliver Torres e Jesus Corona, procurando garantir a qualificação já esta noite em Copenhaga, mas a verdade é que a equipa demorou a conseguir a mesma dinâmica que tinha exibido no clássico, diante de um adversário determinado a virar as probabilidades de classificação. Dois tipos de futebol bem distintos no Parken, com um FC Porto a procurar manter a posse de bola, a sair a jogar com um ataque organizado, trocando a bola, sem pressa, e procurando espaços no último terço, com Jesus Corona muito ativo no flanco direito nos primeiros instantes.

O FC Copenhaga, por seu lado, respondia em velocidade, com um futebol vertical bem mais direto, com os laterais a subirem bem pelas alas, permitindo à equipa dinamarquesa colocar rapidamente quatro jogadores na área. Um futebol que obrigou o FC Porto a rever as suas intenções iniciais e a apresentar um esquema mais cauteloso. A equipa de Nuno Espírito Santo foi obrigada a recuar, mas ia conseguindo sair a jogar e a responder ao maior ímpeto dos dinamarqueses.

Com Jesus Corona a puxar pela equipa pelo flanco direito, o FC Porto até ia conseguindo esticar o jogo até à área de Olsen, mas depois tinha de recuar rapidamente para conter a resposta dinamarquesa, quase sempre a sair dos pés de Kvist e Delaney. O ascendente português esfumou-se num ápice e o Copenhaga cresceu até ao intervalo. Ankersen obrigou Casillas a defesa apertada e, já perto do descanso, a melhor oportunidade da equipa da casa. Grande trabalho do marroquino Toutouh a deixar Maxi nas covas antes de cruzamento para o segundo poste onde surgiu o central Johansson a cabecear ligeiramente ao lado.

Se a primeira parte terminou com a melhor oportunidade do Copenhaga, a segunda começou com a melhor do FC Porto. Remate de Corona sobre a direita, recarga de Maxi Pereira e a bola sobrou para André Silva que não consegue finalizar em duas oportunidades a menos de um metro da linha fatal. Um lance que ditou uma viragem no jogo, com o FC Porto a conseguir finalmente assumir as rédeas do jogo, com mais bola, maior profundidade, mas ainda com muitas dificuldades para conseguir espaços para finalizar na área de Olsen.

O FC Copenhaga ainda provocou um ou outro calafrio, mas nesta altura era definitivamente o FC Porto que mandava no jogo e procurava surpreender com remates de fora da área. Foi o melhor período da equipa de Espírito Santo, mas faltou um golo para coroar este acendente.

O FC Porto passa a somar oito pontos, mais dois do que FC Copenhaga, mas perdeu a oportunidade de lutar pelo primeiro lugar do grupo com o Leicester. Na última jornada, a equipa de Nuno Espírito Santo volta a depender apenas de si e pode festejar a qualificação com uma vitória ou mesmo com uma derrota, caso o FC Copenhaga não vença em Bruges.