PORTUGAL
Depois do susto da primeira mão frente ao AEL Limassol (1-0), e virada a eliminatória em São Petersburgo (3-0), o Zenit tinha pela frente um desafio interessante: tornar-se a primeira equipa russa a ganhar em Liège e, assim, ganhar vantagem praticamente decisiva para garantir a quinta presença na fase de grupos da Liga dos Campeões, a quarta consecutiva. Conseguiu-o com distinção.
Apesar da superioridade belga frente a equipas russas no seu estádio, o Standard tinha sido eliminado por este mesmo Zenit na primeira ronda da caminhada para a conquista da Taça UEFA, em 2007/08. Os
Diables Rouges ainda aspiram, no entanto, à segunda presença nos grupos da prova milionária, depois de 2009/10.
No Zenit, muitos nomes ligados ao futebol português: Danny, o capitão, e Garay (central do lado direito, ao contrário do que acontecia na Luz) e Hulk foram escolhidos para titulares por André Villas-Boas. O internacional luso Neto começou no banco. Witsel, médio belga ex-Benfica e, curiosamente, também ex-Standard Liège, estava castigado para este primeiro embate, Javi García não foi contratado a tempo ao Manchester City para figurar nos inscritos para o
play-off.
Jorge Teixeira – que na sua carreira conta com passagens por Atromitos, AEP, Maccabi Haifa, FC Zurique e Siena, depois de representar em Portugal Casa Pia, Odivelas e Fátima – foi titular no eixo defensivo do conjunto belga.
O triunfo do Zenit começou a desenhar-se aos 17 minutos, numa bela jogada coletiva. Criscito colocou a bola na área, Danny serviu Hulk de peito, o brasileiro serviu depois rasteiro
Shatov, que fuzilou
Kawashima. Antes, aos 14 minutos, o guarda-redes japonês já tinha evitado o golo, depois de um remate de Hulk
Os russos estiveram sempre no comando da partida, com Danny ao leme, e Van Damme foi mesmo obrigado a um corte no limite, perante a ameaça de Hulk, aos 28. Aos 45, o português viu a desmarcação de
Rondón, o venezuelano passou Van Damme e rematou à trave.
Na segunda parte, o Zenit geriu mais a bola, sentindo-se confortável com o resultado. E, mesmo assim, teve uma flagrante oportunidade para marcar. Aos 70 minutos, Shatov entrou pela área belga dentro pela esquerda, e serviu atrasado Danny, que rematou ao poste. Aos 79, Hulk também tentaria a sorte de longe, mas o livre saiu demasiado ao largo.
O melhor que o Standard Liège conseguiu foi obrigar Lodygin, hoje titular face à lesão de Malafeev, a uma boa intervenção, aos 85 minutos. Louis foi o autor do remate. Antes, um erro de Fayzulin, deu boa oportunidade a Watt, mas a jogada foi anulada pela defesa visitante.
O Standard perdeu sempre na Rússia (dois jogos) e ainda não marcou qualquer golo. Algo que Villas-Boas gostará que volte a acontecer certamente dentro de alguns dias.
