Thomas Tuchel, treinador do Paris Saint-Germain, revelou que definiu a tática para a segunda mão da eliminatória da Liga dos Campeões frente ao Borussia Dortmund no avião, depois do jogo da primeira mão, na Alemanha. Recordamos que a equipa francesa perdeu o primeiro jogo por 2-1, mas acabou por garantir a qualificação, em casa, com um triunfo por 2-0.

«Honestamente, fiz um plano no avião depois da primeira mão em Dortmund. Criei um plano para a segunda mão diretamente durante a viagem. Às vezes, é assim, escrevo coisas de imediato e fixamos-nos nesse plano. Na segunda mão faltava-nos o Thiago Silva, os nossos adeptos e o Mbappé, que tinha febre. Também nos faltava o Verratti e o Meunier. Não foi fácil, mas sempre tive a impressão que a equipa queria mostrar que conseguia ganhar no Parque dos Príncipes, eles estavam calmos. Antes do jogo, com os adeptos, a atmosfera no autocarro, toda a gente começou a cantar juntamente com a música. Foi uma atmosfera realmente especial», começou por dizer o técnico, em entrevista à página oficial do clube.

Tuchel fez ainda uma análise do jogo da equipa e elogiou os seus jogadores pela qualificação na eliminatória.

«Fomos muito ofensivos no início, criámos oportunidades e controlámos o jogo. Depois do segundo golo, sentimos mais que tínhamos algo a perder. Baixamos um pouco o ritmo, mas fomos sempre perigosos no contra-ataque. O Dortmund não tinha nada a perder, mas defendemos muito bem, tivemos uma performance muito sólida, muito solidários defensivamente. O Marquinhos e o Kimpembe fizeram tudo bem, tem de ser dito. O Idrissa [Gueye] e o Paredes, como duplos pivôs, os quatro no meio estiveram muito bem contra o Haaland e o Sancho, juntamente com o Kehrer e o Bernat», explicou.

O germânico destacou ainda o papel de Neymar, um jogador que «é sempre a chave» para o treinador.

«O Neymar é sempre a chave, ofensivamente e defensivamente. Ele ganha confiança nos jogos grandes. Trabalha muito, está sempre lá, é muito inteligente, controla os balões. Já vimos que ganhou poder físico. Deu a impressão que estava lá, que assumiu a responsabilidade. E isso dá a todos uma boa impressão: a mim e à equipa, em campo é incrível», finalizou.