O Real Madrid busca a conquista da décima Liga dos Campeões há 12 anos. Foi na época de 2001/2002 que os merengues se sagraram pela última vez como os campeões da Europa. Nesse glorioso dia para o Real, o clube espanhol bateu o Bayer Leverkusen com um golo de Zinedine Zidane.

Neste momento, os adeptos madridistas não aguentam mais o jejum na competição de futebol mais importante no continente europeu e só pensam na conquista da competição pela décima vez. A vitória sobre o Atlético de Madrid já no próximo sábado, no Estádio da Luz é, por isso uma obrigação para que isso aconteça.

O que muitos podem já não se lembrar é que o Real Madrid viveu um jejum muito maior entre a conquista do sexto e do sétimo troféu. Precisamente 32 anos.

Em 1965/1966, os merengues erguiam pela sexta vez a taça da Liga dos Campeões, depois de vencerem o Partizan por 2-1. A partir deste dia, a espera foi longa até o clube espanhol se assumir outra vez como o campeão da Europa.

«La Séptima» só chegou 32 anos depois, em 1997/1998. O avançado montenegrino Mijatovic marcou o único golo da vitória sobre a Juventus, colocando um ponto final na escassez do troféu mais importante do velho continente.

Sávio e Roberto Carlos, ex-jogadores brasileiros, faziam parte do plantel merengue que conquistou a sétima Liga dos Campeões na história do clube e recordaram esse momento.

«A pressão no Real Madrid é constante. Ganhar o Campeonato Espanhol não é tudo. Não adianta. A torcida não se conforma ao ver a equipa sem o principal título europeu. O clube ficar 12 anos sem título é muito. Imagina 32 anos, como na nossa época. A pressão era muito maior. Nem se compara», sublinhou Sávio, citado pelo Lancenet.

Roberto Carlos partilha da ideia do ex-companheiro e assume que há sempre pressão ao jogar numa equipa como o Real. «Jogar pelo Real Madrid não é fácil. A pressão é e será sempre enorme, independente se o clube ficar três, quatro ou 32 anos sem títulos», sublinhou o ex-jogador.