Ancelotti bem anda à procura do antídoto que resolva a síndrome depressiva em que o Real Madrid mergulhou em 2015. É certo que os merengues garantiram a passagem aos quartos-de-final da Champions (graças à vitória forasteira por 2-0 na primeira mão), mas não se livraram de um susto na receção ao Schalke 04.

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Os alemães aproveitaram a entrada amorfa do campeão europeu e adiantaram-se no marcador aos 20 minutos, numa altura em que já justificavam a vantagem. Fuchs apareceu sozinho na esquerda e rematou de pé esquerdo para o primeiro do jogo.

Sem fazer muito por isso, o Real empatou logo a seguir. Cristiano Ronaldo deu o melhor seguimento a um canto marcado da direita e, de a cabeça, atirou para o sétimo golo da conta pessoal nesta edição da Liga dos Campeões.

O golo dos madridistas não abalou o Schalke, que voltou à carga. Huntelaar esteve perto do golo em duas ocasiões e à terceira concretizou mesmo as ameaças, ao aproveitar uma defesa incompleta de Casillas.

O Real repetiu a receita do primeiro golo da equipa alemã. Fábio Coentrão foi à linha e cruzou para o segundo poste, onde apareceu Cristiano Ronaldo a encostar de cabeça para o empate.

As equipas recolheram aos balneários empatadas. Um resultado que penalizava a equipa alemã, quase sempre melhor nos primeiros 45 minutos.

A abrir a segunda parte, Benzema, após jogada de insistência de Coentrão, colocou pela primeira o Real em vantagem. Os papéis inverteram-se, porém. Desta vez, foi o Schalke a responder da melhor forma a um golo sofrido: Sané ganhou espaço fora da área e atirou em jeito para o 3-3, aos 57'.

Já sem Fábio Coentrão em campo e, numa altura em que a formação de Carlo Ancelotti parecia ter o jogo relativamente controlado, a equipa alemão chegou à vantagem: aos 85 minutos, Huntelaar aproveitou da melhor forma um mau corte de Modric (croata regressou à competição após paragem forçada de quatro meses) e recolocou os alemães a um golo do apuramento.

O final do jogo foi de tremideira absoluta para os madridistas, que acabaram por ser salvos por Iker Casillas. Sim, ele mesmo, que esteve intimamente ligado aos dois primeiros golos dos visitantes.

Foi por pouco que o campeão europeu evitou um escândalo na sua própria casa. Entre um coro de assobios, Ronaldo e companhia sobreviveram. Feridos, mas sobreviveram. O Real está nos quartos-de-final da Liga dos Campeões.