Começar mal, mas acabar bem.

O Vitória apanhou-se a perder aos 17 (!) segundos no primeiro jogo da época todavia, conseguiu dar a volta e vencer a primeira partida oficial da época 2023/24: 4-3 contra o NK Celje, na Eslovénia, na primeira mão da segunda pré-eliminatória da Liga Conferência.

O jogo da segunda mão ameaçava tornar-se numa mera formalidade à entrada para o período de compensação não fosse o golo anotado pelo ex-LANK Vilaverdense, Edmilson, aos 90+6. No entanto, a diferença entre as duas equipas ficou clara: o Vitória é bem melhor que Celje.

Ao contrário da época passada, os vimaranenses apresentaram-se em 3-5-2 com Jota e André Silva no ataque. Porém, ainda nem tinha dado para perceber o desenho tático das duas equipas quando o Celje fez o 0-1. Mau passe de João Mendes, Lamy fugiu pela esquerda e serviu Bobicanec.
 

Duro golpe para o Vitória que, ainda assim, teve personalidade, maturidade e qualidade para reagir. Depois de vários cruzamentos interessantes, o conjunto minhoto marcou num enorme cabeceamento de Jota na sequência de um livre de Dani Silva.
 

 

Confiante e seguro no encontro, o Vitória precisou de mais dez minutos para virar o resultado. Excelente jogada de entendimento entre Jota e André Silva com o brasileiro a finalizar tranquilamente na cara de Obradovic.
 

 

O intervalo não chegou sem antes o Celje ter visto Varela evitar o 2-2 e o Vitória ter enviado uma bola à trave. Esperava-se que, na segunda parte, os vimaranenses seguissem na mesma toada. Estranhamente, a formação de Moreno recuou, perdeu André Silva por lesão e ficou à mercê do vice-campeão esloveno.

Foi, por isso, sem surpresa que surgiu o 2-2. Varela não conseguiu segurar o remate forte de Bobicanec e na recarga, Matko só teve de encostar. Dez minutos depois, Moreno reagiu no banco de suplentes e fez entrar Zé Carlos, Gonçalo Nogueira e Butzke.
 

 

Não houve, ainda assim, tempo para perceber a ideia do técnico do Vitória, visto que a equipa marcou na jogada seguinte. O desequilíbrio surgiu num livre lateral, Zé Carlos cabeceou para defesa de Obradovic e na sequência de um mau alívio do Celje, André Amaro encheu o pé e encheu-se de fé para fazer o 2-3.
 

 

O Vitória tinha o jogo na mão e volvidos dez minutos chegou, naturalmente, ao 2-4 por intermédio de Nogueira, jovem médio da formação do clube. O jogo e muito provavelmente, a eliminatória pareciam resolvidas à entrada para os minutos finais. Quiçá, os vimaranenses sentiram isso mesmo, «desligaram» da partida e permitiram um golo mesmo ao cair do pano, golo esse que era completamente evitável e que dá esperança ao Celje para o jogo no D. Afonso Henriques.