O martelo bateu no fim! E não, não falamos de Santos Populares. Mas sim dos «Hammers» londrinos, que voltam a ganhar um troféu importante mais de 40 anos depois da última conquista da Taça de Inglaterra (1980) e quase 60 anos após terem vencido a Taça das Taças (1965).
O West Ham venceu a Fiorentina com um golpe de teatro. Um golo aos 90 minutos decidiu a final da Liga Conferência e permitiu a David Moyes suceder a José Mourinho como vencedor da segunda edição da terceira prova mais relevante da UEFA.
Esta noite, em Praga, perante 20 mil espectadores, Bowen vestiu a capa de herói: isolado pelo artista Lucas Paquetá, o inglês correu, correu e na cara de Terracciano desviou para o golo que ecoou por toda a Europa até ao leste de Londres para uma conquista há muito ansiada por um clube muito popular, mas pouco titulado.
Um golo contra a corrente do jogo, perante uma Fiorentina que pareceu sempre mais perto de virar o resultado. A formação de Vincenzo Italiano viu-se a perder aos 62m, após um penálti convertido por Benrahma, a castigar mão de Biraghi na área, mas não tardou a responder. Cinco minutos bastaram para Bonaventura trabalhar bem na área e rematar cruzado e colocado para o empate.
Tudo isto depois de uma primeira parte entediante, que só teve um momento de exaltação numa cena lamentável protagonizada pelos adeptos ingleses que feriram o lateral italiano Biraghi, atingido na sequência de uma «chuva» de copos atirados para o relvado.
Um episódio triste protagonizado por quem acabou a noite a festejar.
Como nos velhos tempos, no tempo em que era capitaneado pelo histórico Bobby Moore, o West Ham conquista um troféu europeu, selado numa altura em que já meia Europa aguardava o prolongamento. A história escreveu-se na ponta da chuteira de Bowen.