Não há Neymar - nem Di María -, mas há Kylian Mbappé: o prodígio gaulês chegou-se à frente em Camp Nou e embalou o Paris Saint-Germain para uma vitória mais do que confortável (4-1) frente ao Barcelona, na primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões.

Na Catalunha, o Barça ainda deu o ar da sua graça, numa primeira parte relativamente equilibrada, mas na etapa complementar acabou amassado pelo PSG, com um Mbappé completamente endiabrado. 

Mas comecemos pelo início.

Depois de um início mais astuto dos homens de Pochettino, coube à equipa da casa o primeiro aviso à baliza contrária. Griezmann ameaçou Navas, antes de Icardi responder da mesma moeda no outro lado do relvado. Equilíbrio nos primeiros 25 minutos, que Messi, claro, fez questão de interromper. De Jong foi derrubado na área e o argentino, da marca dos onze metros, não desperdiçou.

Só que a partir daí, com exceção de duas ameaças de Dembélé e Griezmann, o PSG tomou conta do jogo. Mbappé empatou com um grande golo aos 32 minutos, mas as intenções parisienses não se ficaram por aí. Ter Stegen foi adiando ao máximo a reviravolta, mas nem um dos melhores guarda-redes do mundo conseguia conter a força de Mbappé.

Mbappé castiga desnorte culé

Só que, em cinco minutos, o PSG quebrou essa muralha alemã: Mbappé bisou aos 65 minutos, depois de um grande passe de Leo Paredes a descobrir Florenzi, e aos 70 o mesmo Paredes assistiu Moise Kean para o 3-1, em mais uma grande bola.

Era o desnorte total no lado blaugrana.

Koeman arriscou depois, lançou Trincão - além de Puig e Pjanic - e acabou... castigado.

E castigado por quem? Mbappé, pois claro. Draxler conduziu de forma brilhante um contra-ataque iniciado por Danilo - também ele lançado no jogo - e entregou na altura certa para o internacional francês, que atirou de primeira para o ângulo das redes culés.

Ninguém se esquece daquela reviravolta épica do Barça em 2017, mas o Paris Saint-Germain sai de Camp Nou esta noite com a eliminatória no bolso. Já o Barça voltou a viver mais um serão de humilhação, que faz a equipa de Koeman regressar aos fantasmas do passado. E assusta ainda mais se pensarmos que do outro lado não havia nem Di María nem Neymar. Mbappé chegou... e sobrou.