O Sp. Braga está na frente da 3.ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Bateu de forma natural os sérvios do Backa Topola por 3-0 numa pedreira em ebulição que com 22 mil adeptos nas bancadas, que empurraram os guerreiros para o triunfo. Bruma, Pizzi e álvaro Djaló foram o rastilho que fez a pólvora estilhaçar.

Cedo se percebeu que este Sp. Braga, com dois reforços no primeiro onze da temporada – José Fonte de Vítor Carvalho –, é melhor que o clube que ficou no segundo posto do último campeonato da sérvia. Pressão constante, rápida reação à perda e circulação de bola bem conseguida deram domínio absoluto ao conjunto português.

Limitou-se a ir resistindo o Backa Topola, sem conseguir sair a jogar perante a supremacia bracarense. Cheirava a golo com o acumular de jogadas ofensivas delineadas pelo conjunto de Artur Jorge. A resistência sérvia durou apenas até aos dezassete minutos no anfiteatro bracarense.

Supremacia efetivada em dois minutos de cortar a respiração

A supremacia do Sp. Braga foi efetivada, com expressão no marcador, em dois minutos de cortar a respiração. Em lance individual, depois de combinar com Borja, Bruma chamou a si o protagonismo. Num lance ao seu estilo, fletiu do corredor esquerdo para o centro e disparou forte. Ilic não fica propriamente bem na fotografia, não conseguindo travar o remate violento.

Ainda se festejava na bancada, alguns adeptos recompunham-se, quando Pizzi apareceu na cara do guarda-redes dos Balcãs e com toda a tranquilidade atirou novamente a contar, desviando de Ilic com classe. Dezanove minutos cumpridos, domínio incontestável do Sp. Braga e vantagem de dois golos.

Voluntariosos, os sérvios faziam por ser organizados. Tentaram, uma ou duas vezes, chegar com perigo à área adversária, mas sem sucesso. Apenas um lance de verdadeiro perigo, quando Pantovic apareceu isolado após o segundo golo bracarense, pôs em sentido o último reduto dos arsenalistas.

Domínio e conforto em velocidade de cruzeiro

Era uma questão de números, portanto, sendo certa a vitória arsenalista. Mesmo na segunda metade, com tirar do pé de acelerador compreensível, nunca a supremacia da equipa de Artur Jorge esteve em causa. A recorrência junto à área adversária não foi tanta, mas a bola pertenceu quase que exclusivamente aos da casa.

Houve tempo para Zalazar, um dos reforços mais sonantes do Sp. Braga para a nova época, se estrear com a camisola dos guerreiros, numa fase em que a velocidade de cruzeiro foi suficiente para manter o domínio e a toada do jogo. Já perto dos noventa, a velocidade de cruzeiro deu para mais do que o domínio. Já com Álvaro Djaló em campo, o jovem atacante fez o terceiro e deu conforto ao resultado.

Bons indicadores do Sp. Braga no seu primeiro jogo oficial da temporada, sendo claramente favorito para seguir para os play-off da Liga dos Campeões. 3-0 foi o resultado final, mas os números até podiam ser mais expressivos. A eliminatória define-se dentro de uma semana, na Sérvia, mas apenas uma hecatombe seria impeditiva dos bracarenses marcarem encontro com Marselha ou Panathinaikos na antecâmara da fase de grupos.