Ivo Vieira pediu uma boa vitória. E os seus pupilos cumpriram. O Nacional está com um pé nos «play-off» da Liga Europa, pois a vantagem conseguida frente ao Hacken (3-0) na primeira mão da 3ª pré-eliminatória da Liga Europa permite sonhar. Os «meninos da Choupana», como o presidente Rui Alves lhes chamou, demonstraram boa capacidade técnica e rigor táctico, perante uns suecos muito frágeis em termos defensivos. São altos, mas só na segunda parte assustaram Elisson e companhia.

Confira a FICHA DO JOGO

Nada melhor do que marcar cedo. E esse foi o grande trunfo do Nacional para a primeira parte desta eliminatória. Ivo Vieira apostou num 4x1x3x2, com Rondon a estrear-se na frente ao lado de Mateus. E parece estar encontrada a equipa para uma época de sucessos, embora esta tenha sido apenas a terceira partida que os alvinegros disputam nesta nova época.

A turma sueca do Hacken mostrou grande poderio físico, mas pouca capacidade técnica e uma grande fragilidade defensiva. Curiosamente, o habitual trinco Dominic Chatto não jogou, nem fez parte dos dezoito eleitos por Gerhardsson. Mas até foi a equipa visitante que, nos primeiros dez minutos, esteve mais perto da baliza madeirense, embora com pouco proveito. Só que aos 12 minutos, após um canto apontado por Mihelic (ele que manobra tudo!), Rondon desviou para o segundo poste, onde surgiu Danielson com este a dar para Luís Alberto marcar o 1-0.

Daí em diante só deu Nacional. E logo a seguir, aos 17 minutos, Mihelic isolou Mateus e o internacional angolano fuzilou Kallkvist, fazendo o 2-0. O BK Hacken não se encontrava e sentia muitos problemas face à troca de bola alvinegra. Assim, aos 38 minutos, Mateus esteve perto do 3-0, após mais um grande passe de Mihelic, mas desta vez o guarda-redes sueco defendeu com os pés. Mihelic também tentou a sua sorte, mas o remate saiu ligeiramente ao lado. Em cima do intervalo, Mateus não desperdiçou um passe de Skolnik que o isolou e fez mesmo o terceiro para sua equipa e o segundo da sua conta.

Curiosamente, a perder por 3-0, o técnico Gerhardsson não fez qualquer substituição na sua equipa no recomeço do jogo. E foi o Nacional que esteve perto do 4-0, com Rondon a cabecear ao poste após um bom cruzamento de Mihelic, aos 48 minutos. O onze sueco ainda assustou no lance seguinte, com Bjurstrom a rematar com muito perigo ao lado da baliza de Elisson. E foram de novo os visitantes que desperdiçaram uma boa situação aos 59 minutos. Após um livre apontado por Forsell, o capitão Ostberg cabeceou com muito perigo por cima da baliza de Elisson. Os madeirenses, talvez um pouco deslumbrados com as facilidades, davam mais espaços aos suecos que tentavam reduzir a diferença.

Em lance de contra-ataque, Skolnik encheu o pé aos 65 minutos, mas viu Kallkvist parar o seu potente remate. Ivo Vieira mexeu na sua equipa retirando o esgotado Elizeu, fazendo entrar Todorovic para dar mais capacidade de luta ao seu meio campo.

Na cobrança de um livre aos 78 minutos, Mihelic esteve perto de fazer o 4-0, mas o capitão Ostberg salvou sobre a linha de baliza.

Com o aproximar do final da partida, os madeirenses foram recuando e Elisson aos 82 minutos teve de sair aos pés de Forsell para evitar o pior. Mihelic e Rondon de cabeça ainda assustaram a defesa do Hacken, mas os remates saíram ao lado

.

Até ao final, os homens da Choupana foram defendendo o resultado construído na primeira parte e que lhes permite viajar até à Suécia com algum conforto. Foram melhores os madeirenses, perante um conjunto sueco que só mostrou alguma qualidade em termos ofensivos.