A sua revista digitalOs dragões conseguiram há uma semana uma vitória e uma exibição moralizadoras, com golo solitário de Jackson Martínez, mas pelo meio perderam o clássico com o Sporting, marcado ainda pela lesão grave de Helton. Em Nápoles espera-os um desafio de peso, num ambiente muito difícil e frente a uma equipa forte, treinada por um homem habituado a estes desafios: Rafa Benítez, aliás o detentor do troféu, que venceu na época passada com o Chelsea, frente ao Benfica.
O Nápoles tem ascendente histórico, levou a melhor na única eliminatória europeia com o FC Porto e nunca perdeu em casa com equipas portuguesas: venceu três e empatou uma.
Quanto ao Benfica, aplicou ao Tottenham a pior derrota caseira da sua história na Europa, na noite memorável de Luisão na Luz, e tem obviamente as probabilidades do seu lado, numa prova em que tem sido uma das equipas de referência. Nos quatro anos de existência da Liga Europa é a equipa mais vezes presente nos quartos de final e também aquela que fez mais jogos nas eliminatórias, um total de 25, sete mais do que a equipa que se segue na lista, o At. Madrid. No entanto, nunca venceu, ao contrário dos espanhóis, que já levantaram o troféu por duas vezes. FC Porto e Chelsea foram os outros vencedores.
O Tottenham pode agarrar-se à esperança de uma noite épica na Luz, claro. Sabendo que reviravoltas com desvantagens de três golos, ou mesmo dois, são muito raras, mas também que elas acontecem. Para não ir mais longe, há o exemplo do Fulham, na primeira edição da prova com a nova designação, depois de ter tomado o lugar da Taça UEFA. Em 2009/10 os ingleses perderam 3-1 em casa da Juventus na primeira mão e deram a volta em casa (4-1), para chegarem à final perdida com o At. Madrid.
Se se confirmar a saída do Tottenham, deixará de haver equipas britânicas em prova. Menos um dos três países que têm o exclusivo de finais da Liga Europa desde que a prova foi criada: além de Inglaterra, Portugal e Espanha. Recorde as finais: At. Madrid-Fulham em 2010; FC Porto-Sp. Braga em 2011; At. Madrid-At. Bilbao em 2012; e Chelsea-Benfica em 2013.
Para já, aconteça o que acontecer, restará pelo menos uma equipa italiana. E não é a Juventus, anfitriã da final deste ano, quem está em melhores lençóis. O golo de Mário Gomez a onze minutos do final em Turim pode ser precioso para a Fiorentina no duelo italiano desta ronda. Ninguém mais que a Juve quererá chegar à final, em sua casa, mas o cenário não é favorável. A história também diz que a «Vecchia Signora» nunca venceu fora adversários italianos no palco europeu.
Está em risco também o Sevilha, no duelo espanhol, que será apitado por Pedro Proença. O Bétis foi ao Sanchez Pizjuán vencer por 2-0, um resultado excelente. Foi uma enorme dose de moral para a equipa, que atravessa uma boa fase, também na Liga espanhola, mas ainda é última. Mas trata-se de um dérbi andaluz, a lógica aqui não manda assim tanto.
Lyon e Valência são quem chega à segunda mão com resultados mais favoráveis. Os espanhóis ganharam na Bulgária ao Ludogorets por 3-0, o encontro no Mestalla deverá selar o apuramento. Os franceses golearam o Viktoria Plzen em casa, 4-1, a expectativa é a mesma.
Há de resto um encontro totalmente em aberto: o Salzburgo-Basileia, que terminou sem golos na Suíça. Os austríacos, que foram dominadores na fase de grupos e despacharam o Ajax em estilo na ronda anterior, têm agora o ascendente de jogar em casa.
A lista de jogos completa-se com o Anzhi-AZ Alkmaar. Os holandeses venceram em casa por 1-0 na primeira mão, os russos apoiam-se na memória da eliminatória da época passada, de acesso ao play-off, quando eliminaram o AZ com uma goleada por 5-0 na segunda mão.
Jogos da segunda mão dos oitavos de final
Anzhi-AZ Alkmaar, (0-1 na primeira mão), 17:00
Valência-Ludogorets, (3-0), 18:00
Viktoria Plzen-Lyon, (1-4), 18:00
Benfica-Tottenham, (3-1), 18:00
Fiorentina-Juventus, (1-1), 18:00
Salzburgo-Basileia, (0-0), 20:05
Bétis-Sevilha, (2-0), 20:05
Nápoles-FC Porto, (0-1), 20:05
