Um golo aos três minutos, outro aos 89. Em mais uma noite de glória bracarense na Europa, os minhotos impuseram uma derrota por duas bolas a zero ao Monaco em jogo da primeira mão dos oitavos de final da Liga Europa, encaminhando a passagem à próxima ronda num embate no qual foram mais competentes.

As decisões ficam para o Estádio Louis-II, dentro de uma semana, sendo que o Sp. Braga desloca-se ao principado com crédito depois da prestação desta noite que, teve nos golos de Abel Ruiz e Vitinha o seu epilogo. Entrar a marcar e acabar a marcar foi a chave de um embate que acabou por ter o equilíbrio como tónico, mas no qual os guerreiros tiveram mais engenho para fazer a diferença.

A equipa de Carlos Carvalhal manteve-se coesa quando teve de o ser, foi ousada quando teve de o ser e, sobretudo, soube ler todas as fases do jogo frente ao oitava classificado do campeonato francês.

Entrada a vencer e apenas um golo por milagre

Os bracarenses não poderiam desejar melhor entrada em jogo do que a que ase verificou no embate com a equipa do principado. Na sequência de um canto, em que Abel Ruiz ameaçou o golo com um cabeceamento perigoso, o remate de fora da área desviou em dois elementos do Monaco e deixou  espanhol isolado. Sem dificuldades voltou aos golos, três meses e meio depois do último remate certeiro, adiantando o Sp. Braga no marcador logo aos três minutos.

O golo revelou-se uma importante almofada de conforto para a equipa de Carlos Carvalhal num jogo eletrizante. Aberto, o jogo proporcionou lances de golo para todos os gostos junto de ambas as balizas e o arrastar da vantagem mínima bracarense até ao minuto 89 quase que se pode considerar um pequeno milagre.

Iuri Medeiros e Rodrigo Gomes estiveram isolados na cara de Nubel, mas não conseguiram bater o guarda-redes alemão do Monaco. Guarda-redes que ficou mal na fotografia e quase ia dando um autêntico frango perante um remate forte de fora da área de Ricardo Horta. A bola passou por debaixo do corpo de Nubel e embateu no ferro, dando a sensação que ia cair dentro da baliza.

Pelo meio Matheus teve de se aplicar por duas ocasiões em que o Monaco criou perigo, o capitão Ben Yedder dispôs de um penálti em andamento e num livre os franceses criaram muito perigo, sendo que introduziram por duas vezes a bola no fundo das redes, mas e ambos os casos foi assinalada posição irregular.

Brechas colmatadas para reduzir intensidade

Jogo aberto e com vários lances de perigo de parte a parte, essencialmente na primeira metade, a intercalar com momentos de chuva copiosa a dificultar a ação das três equipas. Foi menos intensa a segunda metade. O intervalo serviu para corrigir brechas que iam sendo abertas de ambos os lados e notou-se maior dificuldade para conseguir lances de perigo.

Acabaram por ser mais esclarecidos os monegsascos, na corrida atrás do prejuízo. Gelson Martins esteve em destaque ao aparecer novamente isolado, desta vez em posição legal, mas não conseguiu transpor Matheus, no principal momento de tentativa de reposta francesa.

Uma resposta demasiado tímida para a organização e para a capacidade do Sp. Braga. Se os guerreiros serviram de imediato um golo aos franceses no arranque do jogo, a receita repetiu-se a fechar. A um minuto dos noventa Fabiano cruzou na direita e Vitinha cabeceou de forma pujante, ao seu estilo, para o segundo bracarense.

O primeiro golo deu uma almofada de conforto para o jogo, o segundo dá uma almofada de conforto para a eliminatória. O Sp. Braga parte para o jogo no principado com crédito e com a certeza de que pode carimbar a passagem aos quartos de final.