A liga francesa de futebol (LFP) vai testar a introdução do vídeo como apoio à arbitragem numa série de jogos que vão decorrer à porta fechada, em Novembro próximo, para a circunstância e com o apoio técnico da estação de televisão Canal Plus, anunciou Frédéric Thiriez, presidente da LFP nas páginas do Jounal du Dimanche.
A LFP pretende provar que a arbitragem-vídeo é útil e confrontar a FIFA que já recusou, por duas vezes, testar este sistema em jogos oficiais. «A modernização da arbitragem é a minha prioridade desde há três anos porque o futebol, ao contrário de outras modalidades, está a sofrer um grande atraso neste domínio», defendeu Frédéric Thieriez que, há uma semana, mandatou uma delegação a Manchester (Inglaterra) para observar uma final de uma competição de rugby, uma modalidade que já recorre ao vídeo há dez anos.
O relatório dessa comissão de estudos vai defender a utilização do vídeo em três casos precisos: decidir se a bola passou ou não a linha de golo; decidir se uma falta no interior da grande área dá ou não direito a penalty; julgar se um golo foi marcado com a mão.
«Com um dossier bem substanciado e com o apoio destes testes, espero ter autorização para fazê-lo (utilizar o recurso ao vídeo num jogo oficial) brevemente. Em Fevereiro, vou defender a causa da arbitragem-vídeo diante do International Board (organismo da FIFA que pode alterar as leis do jogo), com o apoio de representantes da federação francesa e da comissão de arbitragem», acrescentou Thieriez.
O sistema defendido pela LFP contará com um árbitro-vídeo que irá julgar as imagens num carro régie e que irá ter a última palavra sobre os lances referidos. A FIFA tem recusado todas as propostas de introdução do vídeo, apresentando sempre a mesma justificação: não poderá ser aplicado nos países mais pobres.