O responsável pelo marketing do Sporting, Pedro Afra, defendeu esta terça-feira que os «clubes têm pouco retorno» daquilo que os patrocinadores obtêm com o investimento efectuado.
Num seminário realizado no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e Empresa (ISCTE), Pedro Afra afirmou que o futebol «devolveu» 700 milhões de euros aos «sponsors» que investiram na modalidade. Desse modo, e com um retorno de investimento de 10 para 1, como escreve a «Lusa», os clubes deviam receber 70 milhões de euros, mas, diz o responsável leonino «não receberam nem metade».
Pedro Afra sublinha que as equipas portuguesas estão «muito atrasados sob o ponto de vista de valorização da marca» e que o futebol é o sector com maior impacto no país.
Já Miguel Bento, do Benfica, argumentou que o investimento dos patrocinadores melhorou em qualidade. De resto, o director comercial e de marketing dos encarnados referiu que «o futebol é a expressão máxima de ligação è emocionalidade» e recorda que o MEO «teve uma explosão no número de assinantes» depois de garantir a transmissão da Benfica TV.
Porém, Miguel Bento opina que é nos direitos de imagem dos atletas onde «há muito a progredir».
«Liga devia pensar nos clubes», diz F.C. Porto
Por fim, Henrique Pais, do F.C. Porto, lembrou que os bons resultados desportivos do clube ajudam e que os azuis e brancos mantêm relação duradoura com os patrocinadores.
O responsável do F.C. Porto disse, porém, que «a Liga deveria ter precaução e pensar nos clubes» e indicou que a Liga Sagres é concorrente do patrocinador do clube portista, a Super Bock
Quanto ao «naming» dos estádios, três visões: Henrique Pais sublinha que «Dragão» é a marca mais forte do F.C. Porto, Pedro Afra diz que é difícil mudar o nome do estádio de Alvalade depois de seis anos e Miguel Bento refere que o «naming» tem de ser «um projecto com princípio, meio e fim» e que é «um segredo» do Benfica.