A FIGURA: Jhon Murillo

Tal como Xavier, do lado oposto, extremo venezuelano causou calafrios à defensiva do Feirense. A jogar sobre a direita, Murillo deixou os seus marcadores diretos em permanente alerta. Tinham razão para isso. Acabaria por ser ele o protagonista do lance que decidiu o jogo. O momentum parecia ser do Feirense, que acabara de empatar a duas bolas cinco minutos antes e estava balanceado para o ataque, quando Peña, exímio no passe, lançou em profundidade Murillo. Caio Secco saiu da baliza para tentar a mancha, mas acabou por ser driblado pelo veloz venezuelano que atirou para o 3-2.

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O MOMENTO: minuto 67. Sai um Puskás para João Silva

Se o golo de Murillo foi o mais decisivo, o calcanhar de João Silva foi o mais belo lance do jogo. Acabado de entrar, quatro minutos antes, o ponta-de-lança do Feirense acabaria por fazer o estádio abrir a boca de espanto na primeira vez que tocou na bola dentro da área. Vítor Bruno cruzou na esquerda e João Silva desviou de calcanhar para fazer então o 2-2 para o Feirense. Apesar da derrota, resta-lhe o consolo de ter marcado seguramente um dos golos da jornada. Sai um Puskás para ele…

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OUTROS DESTAQUES:

Tiago Silva

A construção da equipa de Nuno Manta passa pelo criativo, que sempre que necessário recuava para pegar na batuta e lançar os companheiros. Aos 31’, teve na cabeça o empate. Atirou tão colocado que a bola beijou a barra.

Edinho

Pense lá num melhor marcador de penáltis em toda a I Liga? É difícil encontrar melhor, não? Aos 36 anos, o internacional português já não corre como noutros tempos, mas continua a fazer a diferença. Nem que seja da marca dos 11 metros. Hoje, sentou Cláudio Ramos para fazer o empate.

João Silva

Entrou e quatro minutos depois fez o golo da tarde. Um calcanhar sublime fez o público nas bancadas abrir a boca de espanto. Depois do bis ao Marítimo, para a Taça da Liga, volta a marcar pelo segundo jogo consecutivo.

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Xavier

A jogar sobre a esquerda, o extremo foi outra das dores de cabeça para a defesa feirense durante a primeira parte. Dos seus pés saiu o canto que valeu o golo com que o Tondela inaugurou o marcador, bem como o lance que acabaria por dar o penálti que valeria o segundo golo. De canto ou de livre, cada bola parada saída dos seus pés era uma ameaça.

Sergio Peña

Estejam atentos a este médio peruano ex-Granada. Mesmo com um relvado pesado e a jogar sob temporal, o jovem médio de 23 anos formado no Alianza Lima entrou aos 62' para o lugar de Arango e em meia-hora em campo mostrou a sua qualidade técnica. A bola saia quase sempre redonda dos seus pés… Como aconteceu aos 72’, quando serviu Murillo para uma transição rápida que viria a valer o 3-2.

Tomané

Mesmo sem uma exibição de encher o olho, o ponta-de-lança do Tondela, voltou a ser decisivo. Um golo, de grande penalidade, aos 54', com alguma sorte à mistura, e a assistência para Delgado sentenciar o 4-2, aos 84', justificam o destaque.