Figura: Raúl Jiménez

O internacional mexicano não era titular em jogos para a Liga desde a visita à Amoreira, em meados de Dezembro. Ainda assim, em boa hora foi chamado à titularidade por Rui Vitória. O avançado não precisou de muitas oportunidades para marcar. Embora na primeira parte tenha parecido alheado do encontro, cresceu tal como a sua equipa, no reatamento. Ameaçou o golo logo no início, valeu a defesa atenta de Cássio, e à entrada do último quarto de hora atirou mesmo a contar. Assistido por Salvio, surgiu frente a frente com o guarda-redes vilacondenses e com frieza, apontou o único golo do encontro. Foi decisivo no triunfo do Benfica em Vila do Conde tal como na época transata.

Momento: contra-ataque letal dá triunfo encarnado nos Arcos

Canto a favor do Rio Ave origina golo do Benfica. O jogo entrava no derradeiro quarto de hora e as águias denotavam dificuldades em ultrapassar a boa organização defensiva da equipa de Luís Castro. A chave para derrubar o forte vila-condense esteve num contra-ataque bem desenhado após um canto do Rio Ave. Após o canto, a bola sobrou para Jonas, que com classe evitou o defesa do Rio Ave e lançou a velocidade de Salvio. O argentino, nada egoísta, tocou ao lado para Jiménez que, perante a saída de Cássio não tremeu e selou o triunfo do Benfica nos Arcos. O ‘tetra’ está cada vez mais perto.

Outros destaques:

Nélson Semedo

Fundamental na manobra ofensiva dos encarnados. O lateral direito faz praticamente todo o corredor direito, já que Rafa procura constantemente zonas mais interiores. Numa dessas incursões, o internacional português teve nos pés a melhor oportunidade de golo do Benfica no primeiro tempo: remate cruzado, com a bola a bater no relvado, valeu Cássio a negar o golo. Defensivamente não deu uma nesga de espaço a Héldon.

Roderick

Exibição praticamente imaculada do central do Rio Ave. Esteve em dúvida para esta partida, mas não se notou nenhuma limitação física no seu desempenho. Muito fiável no jogo aéreo e seguro na saída de bola da equipa da casa, revelou-se fundamental na forma como a sua equipa adiou o golo encarnado. O facto de não se ter dado por Raúl Jiménez no primeiro tempo, diz muito da exibição do antigo central do Benfica.

Jonas

A capacidade técnica e a visão de jogo fora do comum do brasileiro, cresceu no jogo e o Benfica cresceu ao seu ritmo. Ainda que tenha tentado inúmeras vezes bater Cássio, não teve sucesso. Mas o futebol de Jonas não vive só de golos. O camisola 10 das águias deambulou na frente de ataque encarnada e tentou servir os seus companheiros, embora estes nem sempre tenham dado melhor seguimento aos lances.

Cássio

Seguro e cheio de confiança, foi negando quase todas as tentativas de golo do Benfica. Na retina fica a intervenção de grau de dificuldade elevado a um pontapé de Nélson Semedo ainda na primeira parte do encontro. Isento de culpas no golo sofrido, rubricou uma exibição muito positiva do ‘trintão’ brasileiro.