Eliaquim Mangala fez uma reflexão dura e crítica sobre a época do FC Porto e espera que os problemas sejam analisados para que seja possível a equipa recuperar já na próxima época.

«É verdade que no FC Porto não estamos habituados a ficar em terceiro. Para nós, este terceiro lugar é um fracasso. O mínimo para nós é sermos campeões e, fora a Supertaça, não ganhámos títulos esta época. Para nós, é um fracasso, é uma temporada falhada», afirmou, em entrevista ao site «FootMercato».

Para o central francês, a saída de Lucho não pode ser considerada «a única explicação» para os maus resultados, conforme lhe foi perguntado. «Era o nosso capitão, tinha muita influência e conhecia muito bem o clube. Era um dos jogadores mais experientes do plantel. É certo que, quando se perde um jogador assim, deixa sempre algumas marcas, mas isso seria minimizar o nosso fracasso. Penso que foi mais do que isso», continuou, sem especificar quais terão sido, então, os problemas da equipa.

A nível individual, Mangala admitiu que a má temporada até o pode ajudar a crescer: «A partir do momento em que a equipa não vence, não posso dizer que estive bem. Há jogos em que estive bem, outros em que estive menos bem. Esta época foi mais complicada, mas aprendi muito e vai ajudar-me no futuro. Quando se ganha está tudo bem mas, quando se passa por um momento difícil, é aí que se aprende mais. Esta época vai fazer bem à minha carreira».

O defesa sublinhou que foi «uma honra» ser capitão após a saída de Lucho e a lesão de Helton. «Foi uma honra para mim vestir a braçadeira de um clube como o Porto, quando se conhece a história do Porto. Ainda é um grande clube na Europa. Depois disso, é uma responsabilidade. Foi durante um período difícil, mas não foi um fardo, deu-me prazer», assegurou.

Questionado sobre a influência de Quaresma na equipa, Mangala respondeu que o extremo é um jogador «decisivo». «É acima de tudo um apaixonado. Quando entra em campo, dá tudo o que tem e é sempre para ganhar. Ele odeia perder ou jogar mal. É um jogador de carácter e que às vezes pode ser impulsivo», definiu.

Para terminar, o francês teve de responder à pergunta que todos lhe colocam por estes dias: «O meu futuro? Agora vou jogar o Mundial. Estou focado neste objetivo. Depois vamos ver o que acontece.»