O Sp. Braga fez o Nacional conhecer o sabor amargo da derrota ao cabo de treze jornadas sem perder. O triunfo (2-1) foi construído nos primeiros dezassete minutos com uma entrada frenética dos bracarenses. A resposta do Nacional foi insuficiente para roubar pontos aos arsenalistas, mas arrojada o suficiente para relembrar pecados antigos. Triunfo muito festejado, os Guerreiros não querem ficar fora do comboio europeu…

Ao segundo jogo no comando técnico do Sp. Braga, Jorge Paixão fez três alterações no seu conjunto comparativamente com o jogo de Alvalade com o Sporting. Joãozinho regressou à lateral esquerda depois de um mês de ausência por lesão, Custódio voltou ao meio campo depois de ter cumprido castigo na última ronda, enquanto que Luiz Carlos aproveitou a vaga deixada em aberto pela lesão de Rafa.

A bola começou a rola com enorme intensidade. Estavam jogados apenas quinze segundos, e já o árbitro Nuno Almeida tinha ido ao bolso para amarelar Djaniny depois de uma entrada dura sobre Ruben Micael.

Entrada avassaladora «à Guerreiros»

O arranque dos Guerreiros do Minho foi frenético, abrindo o ativo logo aos seis minutos. Vantagem merecida, à terceira vez que os pupilos de Jorge Paixão visavam a baliza de Gottardi. Um Braga criativo e cativante trocava a bola com qualidade, dando mesmo para o defesa direito Baiano finalizar uma jogada de fino recorte do lado direito do ataque bracarense.

Sem tirar o pé do acelerador, os arsenalistas surpreenderam o Nacional e mantiveram a mesma toada: todas as baterias apontadas à baliza adversária. Sem espanto O Nacional ficou a perder por dois golos de diferença. Joãozinho esbarrou a bola com força no braço de Zainadine. Grande penalidade convertida com e a frieza habitual de Alan, a colocar o Sp. Braga a vencer por dois golos de diferença logo aos dezassete minutos.

Com pouco mais de um quarto de hora jogado e uma vantagem confortável, pareciam estar adquiridas condições para uma noite tranquila e sem grandes sobressaltos, mas a verdade é que o Braga relaxou de forma perigosa.

Síndromes do Braga de Jesualdo

Jorge Paixão disse em conferência de imprensa que este Braga ainda não estava à sua imagem, e a verdade é que depois do dois a zero voltou a vir ao de cima o conjunto apático, que muitas vezes perde o norte e o sentido do jogo. Síndromes do Braga de Jesualdo Ferreira.

O Nacional aproveitou. Não é a toa que está no quinto posto da classificação, e com as suas transições rápidas e os seus homens muito móveis na frente começou a acercar-se com perigo da baliza de Eduardo. Ainda no primeiro tempo Djaniny bateu Eduardo e pôs o Sp. Braga a jogar sobre brasas.

Com toda a segunda parte pela frente a reação insular foi tímida e sem efeitos práticos. Alguns lances de calafrio para Eduardo, mas nada que não fosse resolvido. A melhor oportunidade do encontro nesta fase pertenceu a Rusescu, que depois de mais um trabalho notável de Alan rematou ao lado quando tinha tudo para marcar.

O Nacional da Madeira contínua em zona europeia, no quinto posto da classificação, mas sem a almofada de conforto apregoada poe Manuel Machado. Os insulares recebem o Benfica na próxima jornada. Os Guerreiros estão relançados na luta por esses mesmos lugares europeus ao vencer quase um mês depois do último triunfo. Na próxima jornada deslocam-se a Coimbra.