Depois do adeus ao título, o FC Porto selou a 2.ª posição no campeonato e garantiu a presença na Liga dos Campeões 2021/22, que lhe garante um encaixe financeiro imediato de 38,5 milhões de euros.

Com uma segunda parte bem conseguida, os dragões marcaram três golos em menos de 15 minutos e arrumaram a questão do vencedor, deixando o Rio Ave numa posição delicada.

Toni Martinez abriu o marcador, após excelente jogada de João Mário, e cinco minutos depois Luis Diaz ampliou o marcador. A seguir, Sérgio Oliveira saltou do banco e na primeira vez que tocou no esférico fez o terceiro e selou o placard.

Já a formação vilacondense continua em queda livre na tabela classificativa. Já não ganha há 11 jogos e parte para a última jornada em zona de descida. O emblema de Vila do Conde termina o campeonato na Madeira, em casa do Nacional, e depende de terceiros para se manter no convívio dos grandes.

Má primeira parte

Os portistas entraram em campo sabendo que o Benfica tinha vencido o clássico e só a vitória permitia garantir a presença na liga milionária. Sérgio Conceição apostou na mesma fórmula que levou à goleada frente ao Farense, apenas com uma alteração forçada – saída do castigado Mbemba, rendido por Diogo Leite.

Os portistas vinham de dois empates fora de portas, em Moreira de Cónegos e na Luz, e queriam o regresso aos triunfos em Vila do Conde. Mesmo não havendo adeptos no estádio, foram muitos os portistas nas imediações do estádio a saudar a chegada da equipa, perante um perímetro de segurança apertado.

Já Miguel Cardoso surpreendeu ao trocar o habitual 4x2x3x1 por um 3x4x3 (ou 5x4x1 na hora de defender). Para isso, tirou criativos do onze que havia sido titular nos Açores e reforçou o setor defensivo. Assim, Nelson Monte, Pedro Amaral e Tarantini entraram de início rendendo Fábio Coentrão, Guga e Francisco Geraldes.

Os azuis e brancos, que entravam em campo já conhecendo o resultado do Benfica, tentaram comandar as operações e mandar no jogo desde o início. No entanto, a circulação de bola era lenta e sem grandes soluções para abrir brechas na defensiva local. Ainda assim, a espaços os dragões lá iam ludibriando a defesa vilacondense, mas as oportunidades de perigo foram repartidas.

Taremi foi o primeiro a ficar perto do golo. O iraniano entrou na área pela direita, evitou a saída de Kieszek e, com um centro/remate, acertou na trave. Na resposta, o Rio Ave também podia ter marcador. Combinação entre Gelson Dala e Carlos Mané, com este último a falhar a emenda à boca da baliza, quando estava completamente escancarada.

Dragões mandaram no 2.º tempo

Sem alterações ao intervalo, os azuis e brancos entraram melhor para a segunda metade. Tal como na primeira parte, os portistas privilegiavam o ataque pela esquerda. No entanto, Sérgio Conceição pedia insistentemente a João Mário para subir no terreno pela direita. E acabou por ser por aquele lado que os dragões chegaram ao golo.

João Mário agarrou no esférico, bailou na frente de Pedro Amaral e desmarcou Toni Martinez que, na cara de Kieszek, rematou cruzado para o golo. Cinco minutos depois, Otávio agarrou no esférico no seu meio campo, foi por ali fora e entregou a Taremi. O iraniano viu a desmarcação de Luis Diaz, deu-lhe a bola, e o extremo, depois de tirar dois adversários da frente, rematou para o fundo das redes.

O FC Porto respirava de alívio e Sérgio Conceição começava a mexer na equipa e acabou por ser bem-sucedido. Sérgio Oliveira entrou em campo e na primeira vez que tocou no esférico marcou. Estava selado o triunfo, a conquista dos três pontos e a tão esperada entrada direta na fase de grupos da Champions.

Até ao final, o Rio Ave tentou fazer o tento de honra e Marchesín ainda teve de se aplicar por duas veze, mas o resultado não mais se alterou.