O MOMENTO
Mitroglou desboqueia o que ia parecendo (muito) difícil. Ao minuto 73, o Benfica consegue fazer o 1-0, o que, até então, parecia estar longe de ser conseguido. Aí, o Benfica furou a até então bem segura e estruturada muralha do Estoril. E os «canarinhos» caíram, depois, com estrondo. Mitroglou lançou o Benfica para um resultado dilatado, quando a exibição até lá vinha a ser (muito) sofrida e sem ideias. Mas este momento, de desbloqueio, como de belo futebol, em grande estilo, só foi possibilitado pela figura da partida...

A FIGURA
Júlio César. Uma fantástica defesa quando já se jogavam os descontos da primeira parte impediram o Estoril de ir para o intervalo a vencer. Foi graças ao guarda-redes brasileiro que os assobios dos adeptos benfiquistas não foram ainda mais quando o árbitro Tiago Martins apitou para o descanso. Ao segundo minuto de compensação, um mau passe de Luisão a meio-campo dá a Sebá a bola, que não se faz rogado em lançar Bonatini. Este sai disparado em direção à baliza benfiquista, tira as medidas e remata forte para um grande parada do guardião benfiquista – que já tinha estado muito bem a fazer uma mancha quando Gerso lhe apareceu pela frente. O mesmo cenário se repetiu quando começou a segunda parte. E, aí, sofrer um golo logo depois do reatamento, ainda seria pior do que antes – já não havia intervalo para respirar... Bonatini serve Sebá, este remata, mas Júlio César, em movimento, fez por estar novamente no caminho da bola. O guarda-redes fazia o seu papel. Cumpria aos companheiros fazer o golo.

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OUTROS DESTAQUES

Jonas. É o jogador do Benfica (excluindo Júlio César) que já demonstra um jogo mais parecido com o da época passada. Muito móvel, trabalha para o ataque da equipa, joga e faz jogar no último terço. Mas, muitas vezes, até foi ele quem foi buscar jogo mais atrás. Com o Estoril abatido, também ele acabou por ter o prémio merecido (além do penálti) com um belo golo de cabeça a concluir uma boa jogada quando a equipa já jogava solta pelo conforto do resultado.

Sebá e Bonatini. Os dois brasileiros deram muito trabalho não só á defesa do Benfica como logo no meio campo. Bem a prenderem a bola e a soltarem-na, os dois criaram as melhores oportunidades do Estoril para fazer uma grande surpresa na Luz. Cada um teve a sua ocasião soberana servido pelo outro. Ambos, só não conseguiram passar Júlio César.

Afonso Taira. Uma grande exibição a ser o quinto elemento da defesa sendo muita sua responsabilidade a falta de ideias do Benfica pelo centro da defesa do Estoril. Mas, quando a sua equipa caiu, foi mais um que foi levado pela torrente de golos do último quarto de hora.

Luisão. Salpicou o regular com o mau. O capitão do Benfica teve dois momentos menos bons na primeira parte, que podiam ter colocado o Benfica a perder. Logo aos 11 minutos, perdeu na velocidade para Bonatini e uma carga com o braço que pareceu excessiva podiam ter dado ao Estoril um penálti. No final do primeiro tempo fez um mau passe da lateral para o meio do terreno (a meio campo) e deu ao Estoril a hipótese de ir a vencer para o intervalo. Valeu(-lhe) Júlio César.