Estoril e Moreirense empataram na Amoreira abertura da 16ª jornada da Liga, com os canarinhos a ganharem vantagem no final da primeira parte e a perderem-na logo no início da segunda. Um empate lógico entre dois emblemas que procuravam retomar o caminho dos bons resultados depois de terem entrado em 2015 a perder.

Confira a FICHA DO JOGO

José Couceiro promoveu a estreia de Fernandinho a titular para o lugar de Kuca, que já está ao serviço da seleção de Cabo Verde, mantendo intacto o habitual dispositivo dos canarinhos, com Tozé a comandar as operações nas costas de Kléber e Sebá sobre a direita. O jovem brasileiro, sobre a esquerda, mostrou serviço desde o início, por mais que não seja pelas botas laranja que utilizou, uma vez que o Estoril elegia preferencialmente os flancos nas transições ofensivas. Uma filosofia, aliás, bem distinta do Moreirense que privilegiava a zona central, onde tinha vantagem numérica, para sair a jogar.

Logo após o primeiro apito de Bruno Paixão, o Estoril procurou assumir as rédeas do jogo, procurando encostar o adversário junto à sua área, com rápidas descidas pelos flancos, com destaque para as iniciativas de Sebá que passa por um bom momento de forma. O Moreirense susteve as primeiras investidas, adaptou-se bem às pretensões do adversário, com uma defesa muito bem organizada que foi conseguindo empurrar a equipa da Amoreira para longe da sua área, fechando bem os flancos, com João Pedro e Arsénio a darem apoio aos laterais.

O Estoril passou por dificuldades, até porque o Moreirense pressionava cada vez mais à frente, obrigando os canarinhos a cometer erros em zonas proibidas. Num deles, João Pedro destacou-se na área e picou a bola sobre Kieszeck que ainda a conseguiu desviar de raspão. A bola foi caprichosamente à barra. Estava dado o alerta, mas logo a seguir, o Estoril chegou ao golo, num lance de bola parada. Livre tenso de Emídio Rafael, sobre a direita, e entrada de rompante de Rúben Fernandes, com a bola ainda a sofrer um desvio no ombro de Marcelo antes de entrar nas redes de Marafona.

Tudo a perder nas luvas de Kieszeck

O mais difícil estava conseguido, ainda por cima perto do intervalo, mas um remate colocado de Battaglia, mesmo a fechar a primeira parte, deixou claro que o Moreirense ainda tinha uma palavra a dizer. Uma palavra que se fez ouvir logo a abrir a segunda parte em que o Estoril entrou estranhamente nervoso. Descida rápida de Paulinho pelo flanco e cruzamento tenso. Kieszeck não segurou e Vítor Gomes atirou a contar. Num ápice os canarinhos deixavam fugir a vantagem que tanto trabalho tinha dado a conquistar e tinha uma nova montanha para subir porque o Moreirense continuava a pressionar alto e a provocar muitos problemas à defesa de José Couceiro.

José Couceiro ainda esperou uns minutos, mas ao constatar que a sua equipa estava presa numa camisa de forças, procurou abanar o jogo com as entradas, em simultâneo, de Mano e Cabrera. O jogo tornou-se mais feio com muitos choques sobre o meio-campo, mas o Moreirense, sempre bem organizado, foi conseguindo manter o jogo longe da sua baliza.

Um equilíbrio de forças que se manteve até ao final do jogo, com muita luta, muita entrega de parte a parte, mas poucas oportunidades. Destaque apenas para mais uma descida de Paulinho, já em tempo de compensação, que por muito pouco não resultou no segundo golo dos visitantes, que também seria injusto. O empate assenta bem a estas duas equipas estão numa posição tranquila da classificação, com apenas dois pontos de diferença.

Confira os destaques do jogo