Mais um empate na Liga, agora a fechar a jornada, com Arouca e Estoril a mostrarem que ainda precisam de alguma afinação. Num encontro em que os golos surgiram essencialmente devido aos erros das defesas e menos ao mérito dos ataques, ficaram alguns bons momentos de futebol, entrecortados com ritmo baixo e fraca intensidade.

Estamos, afinal, em Agosto, o tempo não está para grandes correrias, mas até foi agradável ver estas duas equipas que podem aspirar a melhores voos num futuro próximo. No final, o resultado penaliza mais os visitantes, pelo estatuto que já ostentam, mas a verdade é que o Arouca também já está mais experiente e forte.

Os golos acabaram por quebrar, rapidamente, o ritmo de pré-época a que o jogo parecia condenado. Apesar do aviso madrugador de Tozé, com um remate cruzado quase da quina da pequena área, o encontro ficou «congelado» até que Rúben Fernandes resolveu estender o tapete vermelho para Pintassilgo passar.

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O central abordou mal o lance, não aguentou o choque com o adversário, estatelou-se, e o homem com nome de pássaro voou até à meia-lua, de onde encheu o pé perante o desamparado Vagner.

Era um Arouca com eficácia a cem por cento quem se apresentava em campo nesta altura, e a coisa podia ter ficado mais feia para os comandados de José Couceiro quando o guarda-redes brasileiro, depois de uma reposição defeituosa, colocou a bola em André Claro. 

O extremo, promovido a ponta-de-lança, quis colocar tanto a bola que falhou o alvo. Seria um castigo quiçá demasiado pesado para o Estoril, mas asneiras como aquela costumam pagar-se muito caras em alta competição.

O Estoril aguentou o impacto, reorganizou-se, e começou a subir as linhas, guiado pelo irrequieto Kuca e o elegante Tozé. Do aviso os «canarinhos» passaram rapidamente a atos concretos.

David Simão perdeu uma bola, Tozé trabalhou na área, e serviu o ex-Sp. Covilhã para o primeiro golo na Liga. Tudo fácil quando as defesas ajudam…

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O ritmo, que tinha, por fim, aumentado, não poderia, infelizmente para o espetáculo, manter-se por muito tempo. A segunda parte foi, por isso, jogada de forma mais estratégica do que emocional.

O Estoril percebeu que tinha margem para arriscar um pouco na vitória e José Couceiro retirou Tozé e Kuca, esgotados, para lançar Filipe Gonçalves e Bruno Lopes, numa aposta claramente ofensiva.

Os homens da Linha cresceram em presença na área e Goicoechea voltou a brilhar entre os postes num livre de Sebá, numa altura em que também as forças do arouquense já não eram muitas para contra-atacar.