Com cinco jogadores castigados e dois lesionados, Giuseppe Galderisi alterou a forma de jogar da sua equipa: em vez do 4x2x3x1 que costuma utilizar, o italiano ordenou o onze em 4x4x2, em losango.
O reforço do meio-campo foi bom para o Olhanense, que foi superior nessa zona. No 4x3x3 habitual com que o Nacional de Manuel Machado joga, os seus médios, em desvantagem numérica, viram-se aflitos para roubar a bola aos algarvios, que tiveram em Vojtus e Dionisi dois avançados móveis.
Depois de uma entrada de algum equilíbrio, o Olhanense pegou no jogo e construiu algumas boas oportunidades para visar a baliza de Gottardi. A direção dos remates é que destoou. Mas ficaram bem patente as intenções dos algarvios, cientes de que só havia um caminho para continuar a sonhar com a permanência: vencer. O empate foi um mal menor, mas deixa a equipa numa situação complicada.
Manuel Machado não estava a gostar do que estava a ver, e pouco depois da meia-hora retirou Claudemir e colocou Rondon em jogo. Diego Barcellos baixou no terreno e o avançado colocou-se no meio dos centrais dos algarvios. E o venezuelano só precisou de três minutos para fazer estragos na baliza algarvia: de cabeça, foi letal ao desviar um cruzamento de Gomaa. Um golo injusto face à produtividade das equipas.
No entanto, dois minutos depois o Olhanense chegou ao empate: Zanaidine rasteirou Dionisi dentro da área e Artur Soares Dias não hesitou em assinalar grande penalidade. O italiano não vacilou e atirou rasteiro, não dando hipóteses a Gottardi.
Rondon foi uma boa aposta de Machado e o Nacional entrou forte na segunda parte, obrigando os algarvios a recuarem e a passarem por alguns calafrios. Belec foi decisivo em evitar que os insulares se colocassem de novo em vantagem.
O Olhanense sentiu dificuldades. Muitas. Não só pela sucessão de oportunidades de golo que a equipa madeirense foi construindo, como em sacudir a pressão. É certo que ficou com espaço, mas foi muto complicado chegar à baliza de Gottardi.
Belec acabou por ser decisivo, com excelentes defesas a evitar o golo madeirense, principalmente num duelo particular com Rondon, que foi sempre muito forte perante os colegas de defesa do esloveno, mas impotente para o bater pela segunda vez. E não foi por falta de oportunidades.
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