A FIGURA: Renato Santos

Claramente uma peça-chave no xadrez do Boavista. E não é de agora. É chato para as defesas contrárias, galga metros com e sem bola pelo lado direito e, sobretudo, é eficaz. Que grande finalização ao cruzamento de Talocha para o golo do Boavista. Soube ajudar a equipa na defesa da vantagem e quase bisou. Um golo crucial na obtenção dos três pontos.

O MOMENTO: supremacia axadrezada vincada ao primeiro toque (38’)

Conta, cálculo, precisão. Tudo. Bonito, muito bonito o golo que deu vantagem ao Boavista na primeira parte. Talocha recebeu na esquerda junto à linha lateral, cruzou tenso a meia altura para a área e Renato Santos apareceu de rompante a disparar para o fundo das redes. Caio Secco pouco pôde fazer, muito menos a defensiva fogaceira.

OUTROS DESTAQUES:

Vagner: que exibição do guarda-redes do Boavista. Dá uma segurança evidente ao setor mais recuado da sua equipa e, tal como na vitória de há duas jornadas ante o Benfica, revelou-se essencial para segurar os três pontos. Defesa espetacular a negar o empate a Luís Rocha, perto do minuto 90.

Mesquita: bem a desempenhar o papel no corredor direito da defesa do Boavista, como substituto do lesionado Edu Machado. Agarrou bem o que pode ser o agarrar do lugar no onze nos próximos, uma vez que é a única opção disponível e direta de Jorge Simão para o lado direito da defesa. Competente e ativo na marcação a Luís Aurélio, Etebo e nas subidas de Tiago Gomes pelo seu lado.

Etebo: a velocidade, capacidade de improviso e drible do nigeriano é uma das marcas reconhecidas da equipa do Feirense. Numa primeira parte débil dos fogaceiros, foi dos poucos a conseguir espevitar a equipa para a frente, embora sem consequências claras no último terço.

Mateus: um dos melhores jogos do angolano esta época. Justificou a titularidade no lado esquerdo do ataque, não raras vezes apareceu em zona frontal, de onde podia ter feito o 2-0 aos 56 minutos. Substituído por Kuca numa das ovações da noite no Bessa.

Briseño: estreia absoluta do central mexicano do Feirense na liga, pautada por uma exibição certinha ao lado de Luís Rocha. Pese o golo sofrido pela equipa, primeira parte irrepreensível do jogador de 20 anos. Cortou tudo o que havia para cortar. Pelo solo, lances de cabeça após bolas paradas. Tudo. Manteve a toada na segunda parte. Uma opção a ter em conta para Nuno Manta.

Luís Machado: entrou para pouco mais de 25 minutos e ainda deu velocidade e alguma capacidade ofensiva ao Feirense. Escassa e, talvez, algo tardia para conseguir inverter a desvantagem.