Rui Vitória, treinador do Benfica, em declarações na sala de imprensa do Estádio da Luz, após a goleada ao Nacional (4-1), que garantiu a conquista do título:

«Nós somos diferentes. A minha abordagem da vida é completamente diferente. A minha mente funciona desta maneira: primeiro estão os meus jogadores, depois a minha família, o meu presidente, a minha equipa técnica, o meu staff, as pessoas que nos ajudam com o pequeno-almoço, e por aí fora. Em 13º lugar surgem os meus antigos colegas de trabalho, depois os professores da minha filha, em 23º o motorista que uma vez que me levou a Fátima, em 77º está o vendedor de pipocas de uma festa que tive, e em 90º vem o treinador do Sporting.»

[sobre a importância do presidente] «O nosso presidente é fantástico, percebe todas as dinâmicas de uma equipa de futebol, e foi fundamental em todo este percurso. Sabíamos que o caminho não ia ser um mar de rosas, mas acreditámos que todos juntos iamos conseguir este objetivo. Quanto mais nos criaram dificuldades, mais nos unimos, mais tivemos o nosso lema, que é estar juntos.»

[a conquista do título é a resposta às palavras de Jesus ao longo da época?] «Não jogámos contra ninguém, jogámos por nós. Quisemos vencer pelos nossos adeptos, que hoje estão felizes, e que ao longo de todo este campeonato ajudaram a conquistar este título. Foi para todos os benfiquistas que sentem este clube de forma diferente. Foi para eles que trabalhámos, não foi contra ninguém.»

[Jesus disse, em Braga, que não foi a melhor equipa a vencer o campeonato, e que ele cria e outros copiam...] «Não quero comentar. Já chega, já expliquei a minha forma de pensar. No final ganhou a melhor equipa. Percebemos todas as competições em que estávamos envolvidos, percebemos o que tínhamos de fazer em cada jogo. Vocês não têm o conhecimento total do que é viver dentro de uma equipa, e as alternâncias mentais que existem. E nós soubemos, em todos os contextos competitivos, o que havia a fazer. No final ganha a melhor quipa. A equipa que soma mais pontos é a melhor. »