Rui Vitória afirmou que é Jorge Jesus quem tem de «defender» as afirmações em que que disse que não o qualifica como treinador. O técnico do Benfica diz que não quer responder diretamente ao homólogo do Benfica, mas lembra que o passado de Jesus não é diferente do de qualquer outro treinador e que só há um «Special 1».

O treinador do Benfica começou por rejeitar comentar diretamente as afirmações de Jesus porque elas surgiram de uma pergunta que não reproduziu exatamente o que tinha dito sobre o rival: «Nunca foi dito isso da minha boca. É uma pergunta mal feita, enviesada, que não faz sentido que façam.»
 
«Em relação ao treinador do Sporting, acabei a conferência de imprensa a dizer claramente que quem gosta gosta, quem não gosta não gosta. Essas palavras foram proferidas pelo treinador do Sporting, as afirmações ficam com quem as faz, que tem de assumir o que diz», afirmou Vitória no lançamento do jogo com o Nacional.
 
«Esta vida de treinador em 99 por cento dos casos é mais ou menos a mesma. Não há treinadores que são..
Há um que é o Special 1, o Mourinho, que está acima de todos os outros, porque ganhou sempre e ganhou tudo», prossegue: «Agora, a maioria dos treinadores em Portugal, como o treinador do Sporting, até chegar ao Benfica teve 20 anos de carreira em que andou exatamente como os outros. Com a idade que eu tenho se calhar andava na luta pela subida de divisão, pela manutenção. A opinião fica de quem a proferiu.»

Recorde-se que na conferência de imprensa após o jogo do Sporting em Setúbal, Jorge Jesus afirmou ter conseguido aquilo que queria: fazer Rui Vitória - que passou ao ataque antes do encontro a meio da semana com o Marítimo - «sair da toca». O técnico dos encarnados fez outra leitura: «Vocês poderiam estar aqui a dizer que o Rui Vitória levou o treinador do Sporting a descontrolar-se. Não quero entrar por aí, por palavras enviesadas ou Ferraris. Quero dizer claramente que estas coisas são assim no futebol português. Equipas boas com treinadores bons que às vezes perdem e o contrário. Isto toca a todos», acrescentou.

O treinador do Benfica recusou ainda estar qualquer tipo de instruções para o discurso que tem assumido nos últimos dias. «Quando tiver de falar, falerei. E quando tiver de ficar calado, ficarei. Eu, Rui Vitória, decido em exclusivo quando tenho de falar», completou.

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