Rui Vitória não abriu o jogo relativamente a possíveis alterações no desenho tático do Benfica, para a visita ao Dragão. O técnico encarnado assume-se como alguém que gosta de seguir uma «linha de continuidade», mas também diz que por vezes é preciso fazer alguns ajustes. O discurso de Rui Vitória parece rejeitar, no entanto, a ideia de um Benfica à defesa.
 
«Vamos decifrar isso amanhã. Veremos o onze que vai entrar», começou por dizer, quando questionado se ia reforçar a zona central do meio-campo.
 
«Os jogadores têm entendido muito bem o que queremos. Quem tem jogado tem dado uma resposta muito positiva. Por natureza sou um treinador que gosta de equipas personalizadas, com identidade, e gosto que isso se mantenha. Uma linha de continuidade. Não quer dizer que, aqui ou ali, não se possa fazer alguns ajustes», acrescentou Rui Vitória, antes de deixar um apontamento.
 
«Se olharem para a nossa equipa temos raízes muito ofensivas. Tirando os centrais, que são mesmo centrais de base, todos os outros jogadores eram atacantes na formação, quando eram crianças. Temos joga dessa forma e vamos ao Dragão com respeito pelo adversário, mas com uma vontade muito grande de fazer um bom resultado», referiu o técnico.

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Ainda a propósito do possível reforço do meio-campo, Rui Vitória foi questionado diretamente se ia juntar Fejsa a Samaris. «Nem os meus jogadores sabem ainda, por isso não vou dizer. A nossa estratégia está delineada. Os jogadores estão identificados com aquilo que temos de fazer. Sabemos aquilo que o Porto vai procurar, temos esse conhecimento, como o Porto também terá sobre nós. Logo veremos quem vai entrar. Vão jogar aqueles que entendemos que vão dar a melhor resposta para a estratégia que queremos. Os jogadores têm sempre correspondido, e amanhã também vão corresponder», respondeu.
 
Relativamente ao ataque o discurso foi idêntico. Rui Vitória não quis confirmar a dupla Jonas-Mitroglou, que tem sido utilizada, nem tão pouco a manutenção de dois avançados. «Os jogadores conhecem-se cada vez mais. Essa dupla tem funcionado, mas vamos ver se será essa ou não, se jogam dois ou não...As microestruturas da equipa estão cada vez mais ligadas, e esse jogadores têm um conhecimento cada vez mais aprofundado, mas o Raúl (Jiménez) também está cada vez melhor», limitou-se a dizer.

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