O treinador do Boavista, Ricardo Paiva, antecipou esta quinta-feira a receção ao FC Porto, esperando que o seu conjunto seja «competitivo, esclarecido, capaz de se adaptar às circunstâncias do jogo de forma extremamente equilibrada e que tenha jogadores com um sentido de missão muito grande».

Empenhado em acabar com uma sequência de dez jogos sem vencer dos axadrezados, Ricardo Paiva lançou o dérbi portuense da 16.ª jornada da I Liga, lembrando o «percurso que ainda se está a iniciar» consigo no comando técnico. «A assimilação das ideias de jogo vai obrigar a que tenhamos de fazer correções permanentes nos próximos tempos. É inevitável», admitiu, em conferência de imprensa.

Num ciclo de sete derrotas e três empates na Liga, o Boavista tenta também contrariar a tendência negativa no histórico recente de dérbis com o FC Porto, a quem já não ganha desde 2006/07. Com o jogo em mente, Ricardo Paiva relativizou ainda as ausências no rival, que tem o médio Alan Varela suspenso e o defesa esquerdo Zaidu e o avançado Mehdi Taremi nas seleções da Nigéria e do Irão para a Taça das Nações Africanas e para a Taça Asiática, respetivamente.

«Uma equipa como o FC Porto reúne um plantel vasto e com soluções capazes de suprir qualquer ausência, mantendo a qualidade do seu jogo. Obviamente, futebolistas como o Taremi e o Zaidu têm características diferentes, que podem resultar em comportamentos ligeiramente diferentes em algumas situações. Agora, a competência, o impacto final e a regularidade da prestação não estão em causa pela ausência desses jogadores», analisou.

Para este jogo, Sebastián Pérez e Makouta regressam ao meio-campo do Boavista, após terem cumprido castigo frente ao Gil Vicente. Nesse jogo, Salvador Agra saiu lesionado com queixas musculares e juntou-se a César, Luís Pires, Júlio Dabó, Vincent Sasso e Luís Santos no boletim clínico, devendo estar de fora cerca de um mês. Ausentes do dérbi ficam igualmente o defesa central Chidozie e o lateral esquerdo Bruno Onyemaechi, ambos convocados pela Nigéria, do treinador português José Peseiro, para a Taça das Nações Africanas.

«Temos de ser criativos e de puxar pela cabeça para encontrar uma solução à altura, que seja competitiva. Vamos, seguramente, exibir uma linha defensiva identificada com o que pretendemos, em função de um opositor que nos criará diferentes problemas», finalizou.

O Boavista, 13.º classificado, com 16 pontos, recebe o FC Porto, terceiro, com 34, a partir das 20h45 de sexta-feira, no Estádio do Bessa, no Porto. Manuel Oliveira é o árbitro de um jogo que pode seguir, ao minuto, no Maisfutebol.