Jorge Simão, treinador do Boavista, surgiu na sala de imprensa do Estádio do Bessa acompanhado pelo presidente da SAD, Álvaro Braga Júnior. O dirigente reiterou o apoio à estrutura do futebol profissional e criticou a decisão de Luís Godinho em anular o golo de Mateus, já no período de compensação do encontro frente ao Marítimo, da 17.ª jornada da Liga.

Eis a análise do técnico do Boavista à partida:

«Acho que me vou socorrer da estatística. Tivemos quase 70% de posse de bola, fizemos 23 remates contra oito, marcámos um golo e perdemos 1-0. O sentimento é de grande frustração. O golo marcado [ndr: pelo Mateus] atenuaria um pouco esta frustração. A crueldade do futebol é esta: fomos superiores e nem um ponto somámos.»

«O jogo nem sempre foi bem jogado. O Marítimo apresentou-se muito fechado, procurou ataques rápidos e bolas longas. Fomos construindo as nossas oportunidades, mas não fizemos golos. Golos no plural, porque fizemos um. 

«Acaba por ser tremendamente frustrante. Produzimos mais do que o suficiente para ganhar. Claro que depois do golo acusámos ansiedade e faltou-nos lucidez, não só na definição como na construção. A espaços produzimos algumas boas jogadas. Fica um sentimento de grande, grande frustração.»

[O que pensou quando o golo foi anulado ao Mateus]:

«Quis ver imediatamente o lance. Foi um lance rápido, não consegui perceber o que se tinha passado. Depois de ver o lance continuo a perguntar por que razão foi anulado? Não falei com o árbitro. Não valeria a pena, a decisão já estava tomada.»

[Voto confiança e o que pensa para a segunda volta?]:

«Espero ganhar o próximo jogo. Não consigo estabelecer planos a longo prazo. Temos de ganhar o próximo jogo, nada mais.»