O treinador do Boavista, Ricardo Paiva, tem tentado abstrair-se do mercado de transferências da SAD, impedida pela FIFA de inscrever jogadores pela terceira janela consecutiva.

«Deixamos completamente de lado as questões sobre entradas ou saídas. Não fazemos desse um tema diário nas conversas entre equipa técnica e administração. Olhamos de maneira muita objetiva para o que temos à nossa frente, tentando valorizar os ativos do clube e deixando qualquer eventual acontecimento nas mãos de quem decide e de quem manda, sem que isso nos acarrete uma preocupação adicional», sublinhou, em conferência de imprensa.

Impedido de contratar, os axadrezados podem perder jogadores neste mercado, visto que o presidente, Vítor Murta, já expressou abertura para negociar ativos. Sem ganhar há mais de três meses na Liga, as panteras vão tentar voltar aos triunfos frente ao Vizela, de forma a fugirem à zona de descida.

«Os atletas percebem essa questão pontual, mas tentamos deixá-la para segundo plano, não desfocando o trabalho diário e semanal dos nossos objetivos. É de valorizar mais o facto de cada equipa vir de resultados positivos do que propriamente a distância pontual. Estamos mais preocupados com a construção da equipa, em mantê-la unida e preparar o nosso caminho de forma bem estruturada para o que vem por aí», admitiu.

Reconhecendo que o Vizela se galvanizou na quarta-feira ao apurar-se para os quartos de final da Taça de Portugal, Ricardo Paiva espera um adversário «renovado e com plasticidade nas dinâmicas» desde a aposta em Rubén de la Barrera.

«O Vizela procura ter a bola e gosta de jogar e de convidar o oponente a pressionar mais alto para conseguir encontrar espaços entre linhas e queimar essas primeiras linhas de pressão, antes de acelerar e obrigar os seus opositores a correrem 30 ou 40 metros para atrás. É uma equipa que explora muito o jogo interior para acelerar por fora», descreveu.

Onyemaechi e Chidozie estão ao serviço da Nigéria na CAN enquanto Pedro Malheiro, César, Luís Pires e Dabó lesionados. Por sua vez, Ibrahima Camará suspenso e também não pode ser opção para a visita ao Minho. Agra ainda pode recuperar a tempo, mas ainda assim as muitas ausências, obrigam Ricardo Paiva a «uma ginástica mental para fazer adeptações», confessou. técnico do Boavista admitiu 

«Os percalços obrigam-me a conferir o meu cunho pessoal de forma ainda mais pausada, mas reparo que a equipa está a receber bem as ideias e a evoluir num sentido bastante positivo em relação à ideia global de jogo. Obviamente, as ausências obrigam-nos a uma ginástica mental para fazer adaptações, mas pegamos nisso sempre de forma positiva», concluiu.

O Vizela-Boavista joga-se este domingo, às 18h00, no Minho.