Por: Mariana Rebelo Silva

Jogo frenético, com muita emoção e golos, que marcou a estreia de Nuno Campos no comando técnico do Tondela. Não deu para mais numa altura em que cada ponto é, mais do que nunca, precioso. No final... Um ponto para cada lado.

O sucessor de Pako Ayestarán apresentou um sistema tático muito parecido ao do espanhol, perante os 2.180 adeptos presentes no João Cardoso. Três centrais, dois homens no meio com mais dois abertos nas alas e três no ataque.

Os tondelenses entraram determinados e sabiam da importância de marcar cedo. Neto Borges e Daniel dos Anjos adiantaram-se no terreno e o corte de Galovic foi decisivo.

O Arouca mostrou-se mais eficaz no minuto seguinte, quando Tiago Esgaio cruzou na direita e André Silva foi certeiro no cabeceamento entre os centrais do Tondela; 0-1.

Depois do golo dos arouquenses, seguiram-se momentos de muita intranquilidade.

O Tondela chegou ao empate, por Eduardo Quaresma (16m). Na conversão de um canto batido por Salvador Agra, Sagnan desviou de cabeça, Victor Braga respondeu, com uma grande defesa, mas a bola sobrou para Eduardo Quaresma no segundo poste que empurrou para o fundo da baliza. Estava feito o 1-1.

Pouco depois, mais momentos de tensão na área do Tondela e o Arouca quase a chegar, novamente, ao golo. Pedro Trigueira não se mostrava nos melhores dias e saiu-se mal entre os postes. Pedro Moreira ainda tentou o remate, mas a bola embateu no poste. 

O jogo manteve-se dividido a meio-campo até aos 43 minutos, altura em que Arsénio rematou à figura de Trigueira. A resposta do Tondela surgiu numa transição rápida, com Tiago Araújo a fazer cair Dadashov à entrada da grande área. Agra, na marcação de livre, atirou ao lado. 

O Tondela chegou à vantagem já nos minutos de compensação da primeira parte. Foi numa belíssima jogada de equipa, em que Undabarrena recuperou a bola próximo do meio-campo. Rafael Barbosa descobriu Tiago Almeida na direita, que cruzou para o desvio certeiro de Salvador Agra.

O apito para o intervalo surgiu debaixo de um clima de protestos, com o presidente do Arouca, Carlos Pinho e o filho e diretor-desportivo, Joel Pinho, no relvado. O último acabou mesmo expulso.

A segunda parte trouxe a mesma emoção e mais entrega do Arouca, que não descansou enquanto não voltou a marcar. Nos primeiros 15 minutos tomou conta do jogo e após várias investidas, conseguiu lá chegar.

Após passe falhado de Barbosa, Tiago Almeida libertou Bukia que cruzou na esquerda. André Silva estava na área e disparou de primeira, à meia-volta, com o pé esquerdo, para o 2-2. Um golaço. 

Aos 73, André Silva esteve, de novo, muito perto de marcar, após cruzamento de Antony. Chegou tarde demais.

Só nos dez minutos finais é que o Tondela voltou a aparecer no jogo, mas no final deu mesmo um ponto para cada lado.