O Sp. Braga reagiu à derrota no dérbi com o V. Guimarães com um triunfo caseiro frente ao Paços de Ferreira (2-1). Um triunfo tirado a ferros na segunda parte, em cima do minuto noventa, com aquele que foi o segundo golo da tarde de Ricardo Horta. Foi o capitão arsenalista a resgatar os guerreiros de um jogo que ameaçava ser de pesadelo.

Passando os primeiros quarenta e cinco minutos à frente, que tirando o golo de Antunes de livre já nos descontos, foram uma completa nulidade, a equipa de Carlos Carvalhal precisou de uma bomba, claro está, de Ricardo Horta, para se encontrar e construir um triunfo que pareceu difícil.

De livre direto Horta restabeleceu o empate e catapultou a equipa para uma reta final de jogo mais condizente com aquilo que que já se viu esta época do Sp. Braga. Entre vários lances em que falhou a eficácia, apenas ao minuto noventa a pedreira respirou de alívio com a cambalhota no marcador.

Antunes com desconto canhoto

Um cruzamento de Yan Couto desviado por cima por Vitinha e um remate de fora da área de André Horta para o Braga. Um livre lateral com autodestruição logos nos instantes iniciais e um desvio sem sucesso de Denislon Jr. para o Paços. Está feito o retrato da primeira metade do jogo entre Sp. Braga e Paços de Ferreira.

Sem chama, sem velocidade, sem rasgo e quase que sem vontade, o embate disputado numa tarde solarenga entre bracarenses e pacenses arrancou bocejos das bancadas. Chamou a si maior dose de posse de bola os arsenalistas, mas sem capacidade para ultrapassar a organização defensiva do Paços.

Valeu Antunes com um golo de livre direto já no período de descontos para emprestar alguma emoção ao encontro. Bola batida rasteira pelo lado da barreira, a entrar junto à base do poste de Matheus a levar os castores em vantagem para o intervalo.

Uma cambalhota guiada pelo capitão

Esperava-se uma reação do Sp. Braga na segunda metade, que tardou a acontecer. Mesmo com três alterações ainda cedo por parte de Carlos Carvalhal, assistiu-se a mais do mesmo. Pouca acutilância dos guerreiros para conseguir fazer a diferença.

Até que uma autêntica bomba de Ricardo Horta, também de livre, igualou o encontro ao minutos 67. Grande golo do capitão do Sp. Braga, uma bomba cujos estilhaços se fizeram sentir no que restou do encontro. Reta final com todos os predicados do Sp. Braga, vários lances de perigo e apenas o cronómetro a funcionar a favor do Paços.

Perdulário em vários lances, o Sp. Braga viu Ricardo Horta a fazer o resgate por completo a fazer o segundo, o tal golo do triunfo, ao minuto noventa. Nova explosão na pedreira, esta definitiva com o golo do triunfo, que impõe ao Paços o sexto jogo consecutivo sem vencer.