Evandro

É a referência máxima desta equipa. Ainda para mais quando não há Carlitos nem Sebá. Passar tempo a olhar para o camisola 15 do Estoril é tempo ganho. Um organizador de jogo é aquilo mesmo. Recebe, pensa, executa, uma vezes mais rápido, outras nem tanto, consoante a necessidade da jogada. E pede sempre a bola. Evandro fez isso neste sábado. Durante muito tempo teve de correr mais do que devia, porque o Estoril não chegava com frequência à área do Olhanense. Mas 15 lá foi levando água ao moinho e, depois, inventou aquele 2-0, numa jogada que, basicamente, o resume: assumiu a bola, transportou-a, tabelou e ofereceu-a. Sempre em progressão do meio-campo para a área. E aquela não foi uma oferta qualquer. Foi inteligente, porque já se esperava que Evandro rematasse, em vez de dar essa ocasião a João Pedro Galvão. Essa Foi a sétima vez que fez um passe para golo, mas como ainda havia a segunda parte para jogar, Evandro chegou mesmo às oito. Num canto, já depois de andar a desequilibrar por completo o meio-campo. Se a equipa de Marco Silva é uma orquestra, adivinham lá quem é o maestro. O tremendo aplauso que recebeu aos 66 minutos, quando saiu, foi merecidíssimo. Aliás, só saiu por precaução. Se visse um amarelo, falhava o jogo com o Benfica, na Luz.

Momento: minuto 44

O Estoril já vencia por 1-0, dominava a partida e o Olhanense não parecia conseguir causar perigo. Ainda assim, e com 1-0, não havia qualquer seguro contra acidentes do lado canarinho. Até que Evandro pegou na bola, transportou-a, tabelou com um colega e deu-a a outro para marcar. João Pedro Galvão atirou a contar e, ao intervalo, o Estoril ficava com margem de segurança suficiente para gerir a segunda parte.

João Pedro Galvão
Letal e aquele que percebeu melhor para onde iam as ideias de Evandro porque marcou duas vezes a passe do compatriota. No fundo, deu o toque final nas coisas boas que Evandro andou a fazer. Primeiro, acompanhou toda a movimentação do 15 no lance do 2-0. Depois, atacou a bola colocada por Evandro ao segundo poste, no canto,e bisou no jogo. Teve de substituir Carlitos, que é um consagrado nesta equipa e como saiu com dois golos do jogo pode dizer-se que não só o fez, como o fez muito bem.

Babanco

Bom jogo do camisola 55, outra vez no meio-campo do Estoril. Nem sempre executou da melhor forma, houve por ali alguns passes falhados, mas apresentou-se bem a defender e igualmente em bom nível a fazer a bola circular. No 1-0, desmarcou-se para a área e Mladen acabou por marcar na própria baliza. Mas grande parte do golo é dele, porque movimentou-se bem. Na segunda parte, foi grande companheiro de Evandro nas trocas a meio-terreno.

Ricardo Vaz

Primeiros minutos e primeiro golo na carreira sénior. Para ele, este 4-0 não foi um jogo qualquer.

Paulo Sérgio e Dionisi

Numa equipa que tens muitas ideias do treinador em bolas paradas, mas poucas com jogo corrido, o extremo esquerdo e o avançado tiveram pelo menos a vontade de querer fazer algo mais. Paulo Sérgio foi irrequieto, Dionisi começou por atirar à trave e depois ainda acertou no poste.