Jorge Costa, treinador do Farense, na sala de imprensa, após igualdade a zero frente ao Famalicão:

«Tivemos uma primeira parte muito boa, em que controlámos o jogo, pressionámos alto e limitamos o Famalicão naquilo que ele é bom. O jogo mudou de história a partir do minuto 50. A jogar com menos um e contra uma equipa coletiva e individualmente boa, numa decisão que é precedida de um fora de jogo. Há que valorizar os jogadores, a forma organizada como souberam defender e não permitiram ao Famalicão grandes oportunidades. A oportunidade mais clara de golo foi do Licá e, com alguma sorte, podíamos sair daqui com os três pontos. No entanto, da forma que decorreu o jogo, é um resultado que se ajusta e não deixa de ser um bom ponto.

[a defesa esteve melhor do que o ataque?] Eu não vejo o futebol por setores, vejo o futebol como um todo e acho que a equipa esteve bem. Recuso-me a essa forma redutora de ver o jogo.

[empate com menos um é uma injeção de confiança?] Tudo o que é bom e é bem feito, aumenta os níveis de confiança da equipa. Eu quando cheguei encontrei uma boa equipa, que o lugar que estávamos não era o que deveríamos estar. Quatro jogos seguidos a pontuar, dois jogos sem sofrer, e isto é mérito dos jogadores. Tenho a certeza que no final esta luta pela despromoção será para todos menos para nós.

[não sofrer golos poderá ser a fórmula do sucesso?] Quando não se sofre estamos mais perto de vencer. Se me perguntar se prefiro empatar quatro jogos a zero ou ganhar por 5-4, prefiro ganhar, mas sei que estou mais próximo de ganhar quando não sofro. Temos de trabalhar uma equipa como um todo e a fase defensiva é fundamental».