O futebolista português Ricardo Quaresma abordou esta terça-feira a luta pelo título na I Liga, considerando que se o Benfica «facilitar», pode ser ultrapassado por um FC Porto «que nunca desiste dos objetivos».

«Se o Benfica facilitar, o FC Porto passa-lhes por cima. O Benfica facilitou, o FC Porto já nos habituou que nunca desiste dos objetivos, tem um treinador com o ADN do clube, tem jogadores como o Pepe que sabem o que é o FC Porto, lutam até ao último segundo e sinto o Benfica a tremer», referiu o internacional português, à margem da homenagem a Manuel Fernandes, jogador com mais jogos no principal escalão do futebol nacional (486), na freguesia de Sarilhos Grandes, município do Montijo.

Aos 39 anos, Quaresma mostrou-se feliz por ter chegado «a um patamar elevado» na carreira e diz que ainda pensa jogar mais um ano. «Tenho na mente que ainda dá para continuar pelo menos mais um ano. Sinto-me em condições para fazer mais um ano e depois despeço-me do futebol», afirmou.

Ainda sobre o FC Porto, que como «adepto» gostava de ver campeão em 2022/23, Quaresma falou de Pepe, central de 40 anos que renovou no domingo, até 2024.

«Fico feliz pelo Pepe. Ele tem a idade que tem e continua a ser um dos melhores centrais do mundo. Quem o conhece sabe que ele é um animal e é impressionante como, aos 40 anos, ainda corre ao lado de grandes jogadores», observou.

Questionado ainda sobre se se sente feliz por ser respeitado no FC Porto e também no Sporting, clubes que representou, Quaresma não escondeu que sim e mostrou gratidão aos dois emblemas.

«Claro que fico feliz, respeitei sempre o Sporting, foi onde eu cresci. Abriu-me as portas para o mundo do futebol. Trataram-me sempre como um filho e acho que me ficava mal cuspir num prato em que já comi. Toda a gente sabe que eu sou portista, o FC Porto é o clube do meu coração e um clube que aprendi a amar, mas o Sporting vai estar sempre no meu coração, porque foi onde eu cresci, onde me ensinaram a ser jogador e homem. Esta homenagem [ndr: a Manuel Fernandes] serve um pouco para isso também. Os clubes não podem esquecer-se dos jogadores que tiveram», defendeu.