O Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) apela a que os jogadores denunciem os salários em atraso.

Isto porque dia 15 de abril há um novo controlo financeiro nas competições profissionais, referente ao período entre 11 de novembro e 10 de março, e na primeira, de acordo com Joaquim Evangelista, foram públicos os problemas com salários no Freamunde e Olhanense, e depois no Leixões, Beira-Mar e Académico de Viseu.

«O que a Liga permite, em bom rigor, é que se possa pagar o salário no último dia de contrato», mas o dirigente do SJPF alerta os jogadores para não pactuarem com as declarações.

«A declaração pode dizer que o pagamento do salário é para daqui a dois meses, três meses, um ano. É inaceitável e vamos atacar esta norma do ponto de vista legal, é insustentável e incompatível com o direito ao salário», disse.

Nesse sentido e não tendo a Liga - apesar das posições do Sindicato - erradicado a norma dos regulamentos, a intenção do Sindicato é fazê-lo pela via legal.

«Ainda esta semana vamos pedir uma audiência ao provedor de justiça, entendemos que há uma violação de um direito constitucional, que é o direito ao salário, e a seguir vamos atacar a norma do ponto de vista legal, impedindo que se inverta o ônus da prova e se passe para o jogador a responsabilidade dos clubes em fazerem prova do salário.»

Além disso, Joaquim Evangelista anunciou que o Sindicato, sendo a única voz crítica em relação a esta matéria, vai, para além da audiência com o provedor, procurar outras medidas, nomeadamente maior legitimidade à comissão de auditoria.

«Vamos procurar sensibilizar os grupos parlamentares para que na própria portaria, dos pressupostos financeiros, seja facultada [à Comissão da auditoria] alguma legitimidade nesta matéria.»