Arouca vive em sobressalto com os muitos incêndios que fustigam a região e a casa do presidente do clube, Carlos Pinho, esteve sob ameaça esta madrugada. Valeu ao dirigente a ajuda do plantel, da equipa técnica e das respetivas famílias no combate Às destruidoras chamas.

«Nós somos uma família e ontem mostrámos isso mais uma vez. Fiquei muito feliz por eles terem vindo ajudar. Vieram jogadores, treinadores, até as mulheres dos jogadores andaram a passar água. Fiquei aflito. Achei que ia tudo, que perdia a casa, mas controlámos tudo com as mangueiras e ramos», relatou Carlos Pinho à agência Lusa.

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«São situações complicadas e a união faz a força. O clube é uma família, é gerido por uma família, e por ser um meio mais pacato acabamos por criar ligações mais fortes. Nos momentos de aflição, toda a ajuda é pouca. Sei que todos os que puderam estiveram lá a ajudar», explicou o capitão Nuno Coelho, que tinha ido à Póvoa de Varzim visitar a família, mas que rapidamente regressou a Arouca.

O atleta do clube conta que cerca de uma dezena de elementos do clube se juntou após receber uma mensagem do diretor desportivo, filho do presidente, Joel Pinho, a descrever a situação. A mensagem foi partilhada num grupo privado de conversa numa rede social. O grupo esteve durante toda a madrugada de vigia, junto à casa do presidente, e controlou vários reacendimentos, mantendo-se no local mesmo depois da chegada dos bombeiros.

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«Depois chegaram os bombeiros e ajudaram-nos. Eles [os bombeiros] têm sido incansáveis e também lhes estou muito grato. Também a amigos e funcionários da empresa. Estou muito grato a todos os que estiveram aqui a ajudar-me. Tenho 57 anos e nunca me vi em semelhante aperto», agradeceu o dirigente.

Devido ao fumo e à consequente má qualidade do ar, o plantel do Arouca não realizou o treino previsto para esta quinta-feira e reagendou os treinos de sexta-feira e de sábado para Gaia.

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