De volta à terra.

Após um mês de novembro perfeito, que levou a equipa de Carlos Carvalhal aos céus, foi no Jamor que se refrearam os ânimos.

Três dias depois do apuramento para os 16 avos de final da Liga Europa, os arsenalistas não foram capazes de dar sequência à série de seis vitórias consecutivas na Liga.

Perderam diante do melhor Belenenses desta época, é certo. E por muito mérito da equipa azul, diga-se.

Mas ficará, com certeza, o sabor amargo de não encurtar distâncias para o líder Sporting. E de ter visto os mais diretos concorrentes ganharem os seus jogos.

O Sp. Braga até entrou muito bem no jogo a querer dar sequência ao bom momento. Mas o Belenenses, que chegara a esta partida com apenas três golos marcados na Liga, mostrou uma face que ainda não se lhe tinha visto.

A equipa de Petit aliou a organização defensiva, que lhe é imagem de marca, a um rigor na chegada ao último terço que fez tremer a defesa arsenalista a cada assalto.

Nesse sentido, o golo de Miguel Cardoso 34m não surpreendeu ninguém.

Já o 2-0 de Afonso Sousa, terá deixado muitos de boca aberta. Mas também foi mais pela beleza do momento do jovem jogador do Belenenses do que pelo avolumar do resultado.

Esse golo foi também o despertador que a equipa de Carvalhal precisava.

O treinador arsenalista aproveitou o intervalo para lançar Fransérgio e juntar Schettine a Paulinho na frente, mas o que mudou mesmo foi a atitude da equipa, que passou a ligar muito melhor o seu jogo.

André Moreira segurou enquanto pôde, ainda defendeu de forma ilegal um penálti de Paulinho e à segunda viu o avançado marcar mesmo.

Mas depois, muito com o coração, mas sem nunca descurar a organização, o Belenenses agarrou-se aos três pontos e volta a vencer, algo que não acontecia desde a jornada inaugural.

E sobe até mais ou menos o meio da tabela.

Ou o que se pode chamar de céus da tranquilidade.