Em vésperas do dérbi de Lisboa, o Sporting continua a voar na Liga.

Os leões deram uma lição na primeira parte e acabaram por passar sem grandes dificuldades no Bessa (2-0). Um triunfo sem espinhas e que assenta na perfeição ao campeão de Inverno.

O líder do campeonato passeou classe, qualidade e segurança frente a uma pantera que se aninhou depois do golo sofrido cedo. Os axadrezados apresentaram uma linha de cinco defesas, à semelhança do que outras equipas fizeram contra este adversário, mas nunca foi capaz de controlar o jogo ofensivo dos verde e brancos.

As peças do xadrez de Jesualdo começaram a desmoronar-se no relvado com o golo do adversário. Nuno Mendes teve tempo e espaço para decidir e cruzar com critério para o desvio de Nuno Santos na área. O lance foi invalidado pela equipa de arbitragem, mas o VAR reverteu a decisão (24m).

O Boavista sentiu de sobremaneira o golo. A equipa foi-se abaixo animicamente, o que é natural para quem só tem uma vitória em 15 jogos e é última classificada. Demorou, por isso, a recompor-se. Enquanto isso, o Sporting jogou por dentro – com João Mário e Matheus a procurarem bastante Jovane – e pelos corredores por Porro, Nuno Santos e Nuno Mendes.

O Sporting criou uma mão cheia de oportunidades para aumentar a vantagem. João Mário, por exemplo, assinou um falhanço incrível na pequena área, já depois de Sporar ter falhado uma boa ocasião. Houve ainda um cabeceamento perigoso de Feddal e um corte em cima da linha de Porozo a pontapé de Jovane.

Por outro lado, o Boavista teve dificuldades em ligar jogo e, portanto, agarrou-se à alma. Teve esse mérito, é justo referir. Pressionou, correu e lutou contra as adversidades e por pouco não foi recompensado. Porém, Adán impediu que Elis ficasse em condições de marcar após falha de Neto.

A Pantera soltou-se no final da primeira parte e teve um golo anulado a Elis. Foi, no fundo, um indicador do que viria a acontecer na segunda parte.

Jesualdo recuperou o 4-3-3 e embora a equipa não tenha melhorado exponencialmente, ficou confortável no jogo e permitiu muito menos ao Sporting. Ainda assim, a primeira oportunidade da segunda metade foi dos leões com Sporar a falhar à boca da baliza.

As situações de perigo foram escasseando à medida que o ponteiro do relógio caminhava para o minuto 90. Houve, contudo, espaço para um golaço de Pedro Porro – vale a pena ver e rever – que permitiu ao Sporting respirar fundo. Por outro lado, Amorim fez entrar Palhinha para o quarto de hora final e o médio viu o quinto cartão amarelo, falhando o jogo com o Benfica.

O Boavista podia ter reduzido nos minutos finais por Javi García, o que seria injusto para o que se passou tamanha a superioridade do Sporting, especialmente na primeira parte.